Author(s):
Silva, Luís
; Cordeiro, Nuno
; Illas, Xénia
; Martínez, Asunción
Date: 2006
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.3/736
Origin: Repositório da Universidade dos Açores
Subject(s): Flora Vascular; Vegetação; Ilha do Pico (Açores)
Description
XII Expedição Científica do Departamento de Biologia - Pico 2005. A ilha do Pico, a mais jovem do Arquipélago dos Açores, é uma das mais ricas em flora e vegetação. Apresenta-se o resultado de uma amostragem altitudinal da flora vascular ao longo de um gradiente altitudinal na Montanha do Pico. Realizaram-se 14 amostragens a intervalos de 100 m de altitude, entre os 1250 e os 2350 m, duas das quais no interior de hornitos. O número de taxa por local variou entre 2 e 16. O tipo de vegetação presente nas charnecas variou com a altitude, incluindo Mato de
Vassoura e Mato de Rapa, com elementos característicos da zona de montanha (Daboecia
azorica e Thymus caespititius). A vegetação no interior dos hornitos incluía taxa com alguma raridade (Bellis azorica, Cardamine caldeirarum, Daphne laureola e Ranunculus cortusifolius) constituindo um autêntico enclave. De salientar a presença de Silene uniflora ssp. cratericola, apenas na zona da caldeira. O número de plantas introduzidas, observadas ao longo da subida, foi relativamente reduzido. A partir dos 1400 m, eram comuns vastas áreas de rocha nua ou com coberturas de líquenes e briófitos. Ficou patente o efeito da altitude e do grau de
exposição aos agentes climatéricos, como se verificou pelas diferenças entre a vegetação
das charnecas (maior exposição), da caldeira (exposição intermédia) e dos hornitos (menor
exposição). A preservação dos enclaves na zona de Montanha é assim fundamental.
A acção dos visitantes, através do pisoteio e da dispersão acidental de plantas introduzidas, poderá facilitar a instalação dessas espécies. Assim, será fundamental a implementação de medidas de monitorização dos trilhos e de contenção das plantas introduzidas.