Autor(es):
Arroz, Ana Margarida Moura
; Rego, Isabel Estrela
; Silva, Paulo Rogério
; Neves, Isabel
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.3/2417
Origem: Repositório da Universidade dos Açores
Assunto(s): Percepção de Risco Sísmico; Plano de Emergência
Descrição
I Colóquio Internacional "(Des)Memória de Desastre". Universidade da Madeira, Portugal, 18-19 Outubro de 2013. Exploradas, em trabalhos anteriores, as perceções do risco de açorianos associadas a fenómenos sísmicos, constatou-se que apesar dos sismos serem percebidos como os desastres naturais mais graves no contexto local, não se observam práticas de precaução generalizadas. Por regra, os cidadãos não adotam medidas de prevenção e de socialização dos mais novos que melhor os habilitem a lidar com este tipo de situações. Esta inércia, partilhada por diferentes contextos geográficos e culturais, pode ser explicada como mecanismos tanto de evitamento, quanto de "adaptação" que os indivíduos manifestam quando vivem prolongadamente em circunstâncias de ameaça. Nesta comunicação são descritos os resultados preliminares de uma pesquisa participativa em curso que visa caraterizar as práticas de prevenção sísmica de famílias açorianas com dependentes a cargo e promover a sua capacitação e autonomia nesta matéria. Concretamente, pretende-se saber se estas possuem planos de emergência, conhecer as suas características e analisar as dinâmicas envolvidas na sua conceção e desenvolvimento. Foram entrevistadas 18 famílias terceirenses a quem solicitámos a construção de um plano de emergência familiar, quando este era inexistente. Numa segunda entrevista foram discutidos os planos resultantes e as dinâmicas familiares envolvidas na sua construção. Os resultados evidenciam que, por mais diversos que sejam os enquadramentos familiares em termos sociográficos e em experiência sísmica prévia poucos desenvolvem planos de emergência por mais precários que sejam. E mesmo, perante o repto lançado, os planos familiares mostraram-se muito insipientes.