Autor(es):
Cardoso, Pedro
; Borges, Paulo A. V.
; Pereira, Fernando E. A. P.
; Gaspar, Clara
; Gabriel, Rosalina
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.3/2055
Origem: Repositório da Universidade dos Açores
Assunto(s): Biodiversidade; Vulcões; Açores; Biodiversity; Volcanoes; Azores
Descrição
"Os vulcões, com todos os fenómenos a eles associados, sempre causaram um enorme fascínio ao ser humano. As fumarolas, as nascentes termais, os sismos, e as explosões ocasionais acompanhadas por lavas escorrentes, eram vistas como manifestações de deuses que habitam o interior da Terra ou como penalizações de índole espiritual. Quando na maior parte do mundo este tipo de manifestações é desconhecido, nos Açores, pelo contrário, é presente. Ainda está fresca a memória de um passado em que vulcões causaram a destruição de aldeias e vilas inteiras desde a colonização das ilhas. É o caso das povoações de Capelo e Praia do Norte no Faial, em grande parte destruídas em 1957!8 durante a famosa erupção do Vulcão dos Capelinhos. Mas também é o caso mais antigo das povoações de Manadas e Queimada em São Jorge em 1580. Mas se os vulcões destroem, também constroem. Foram eles que deram origem às ilhas, tanto que a Montanha do Pico, um vulcão adormecido mas onde ainda é possível ver fumarolas no topo, com os seus 2.351 metros de altitude é o ponto mais alto dos Açores e de Portugal. Uma vista aérea de muitas paisagens Açorianas revela ainda uma grande quantidade de pequenos cones vulcânicos, com uma forma quase perfeita, como ilustrada num livro de escola. Outrora activos, hoje adormecidos ou espreitando novas oportunidades para lançar materiais vulcânicos, estão actualmente disfarçados por um manto de vegetação. […]"