Autor(es):
Luz, José Luís Brandão da
Data: 2002
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.3/1422
Origem: Repositório da Universidade dos Açores
Assunto(s): Eric Hobsbawm; Habermas; John Horgan; Jean-François Lyotard; Marshall McLuhan; Richard Rorty; Ciência; Consumo; Desenvolvimento; Investigação; Limites; Progresso; Saber; Sociedade; Racionalidade
Descrição
Comunicação apresentada no I Encontro de Didácticas nos Açores, organizado pelo Departamento de Ciências da Educação, da Universidade dos Açores, de 26 a 27 de Fevereiro de 1998. O saber científico, como conhecimento ou domínio explicativo da natureza, sempre esteve ligado à preocupação de promover o bem¬ estar social, a prosperidade económica, a vida feliz que todo o homem aspira possuir. Sem enveredar pelo tratamento histórico do tema, iremos procurar chamar a atenção para a abertura que o desenvolvimento das ciências trouxe, ao longo do século XX, para uma nova visão do mundo e da vida social, ao mesmo tempo que tentaremos compreender a forma como a filosofia acolheu estas transformações e reelaborou a sua concepção do homem. Assim, começaremos por destacar, em primeiro lugar, a crescente dependência de estratégias políticas e de interesses económicos, que passaram a marcar o ritmo da actividade científica; em segundo lugar, a forma como a ciência descobriu e lidou com os seus limites, atendendo, nomeadamente, à ideia de progresso que lhe costuma estar associada; em terceiro lugar, iremos atender aos contrastes que atravessam a história do século XX, marcada pela devastação de vidas humanas que os conflitos provocaram, pela acentuada melhoria da qualidade de vida que as descobertas científicas tornaram possível, em vários domínios, e pela dissipação da hegemonia do Velho Continente. Finalmente, em último lugar, iremos pôr em evidência a orientação filosófica de certos autores, que têm vindo a insistir num discurso filosófico, despojado das pretensões de um saber universal e primeiro, mas atento ao pulsar das hesitações dos novos tempos.