Os ideais educativos de Sena Freitas

• Autor(es): Luz, José Luís Brandão da
• Data: 2008
• Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.3/1406
• Origem: Repositório da Universidade dos Açores
• Assunto(s): Aprendizagem; Ciência; Educação; Ensino; Filosofia da Educação; Pedagogia; Sociedade; Virtude
• Tipo de Documento: Parte ou capítulo de livro
• Idioma: Português

Descrição

Comunicação apresentada no Congresso Internacional «Igreja, Sociedade e Cultura − O Padre Sena Freitas e o seu Tempo», organizado pelo Centro de Estudos de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, nos dias 20 e 21 de Outubro de 2005. A «ilustração» e a «moralidade» apresentam-se como vectores orientadores da acção educativa que poderá elevar as crianças acima dum estado de natureza, que a componente orgânica ou corporal as sujeitava, e qualificá-las como membros activos e cultivados da sociedade. A formação intelectual atenta aos importantes avanços das ciências deverá ser complementada com a iniciação e o cultivo da virtude. Sena Freitas não concebe a vida social sem a religião católica e por isso reclama um clero, instruído e virtuoso para tirar a sociedade do atoleiro de putrefacção em que se encontra. Nesta sequência, mobiliza argumentos quer a favor duma educação centrada no direito da criança ao seu desenvolvimento integral como pessoa, como cidadão e como membro da Igreja, quer a favor do direito das instituições intervirem na sua formação. O autor defende a livre concorrência entre o ensino público e privado e concebe a escola como uma «oficina» de preparação para a vida. Preconiza uma pedagogia que tenha em consideração o grau de desenvolvimento intelectual da criança, carente ainda de quadros nocionais e operativos plenamente constituídos, ou bastante dependentes da estimulação sensorial e da actividade concreta, para poder seguir as exposições teóricas e a argumentação especulativa dos mestres. Simultaneamente, defende a integração nos currículos escolares dos resultados que derivam das conquistas das ciências.