Autor(es):
Sequeira, António J. D.
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.9/2301
Origem: Repositório do LNEG
Assunto(s): Microfósseis; Neoproterozóico; Ediacariano; Complexo xisto-grauváquico; Grupo das Beiras (Portugal); Região de Monfortinho (Portugal); Região de Salvaterra do Extremo (Portugal); Beira Baixa (Portugal); Portugal (Centro)
Descrição
Em ordem à verificação da existência, em território nacional, de microfósseis anteriormente descobertos na região de Coria (Espanha), foi efectuada, em
Agosto de 1987, uma recolha de amostras na região de Monfortinho - Salvaterra do Extremo, nas unidades do Grupo das Beiras, do Supergrupo Dúrico – Beirão
(“Complexo Xisto -Grauváquico”).
Nesta região foi considerada uma sequência de quatro unidades constituída, da base para o topo, pelas Formações de Malpica do Tejo, de Ribeira de Arades,
de Carril das Travessas e de Cabeço das Popas, tendo as três últimas sido definidas conforme Sequeira (1993). As Formações de Malpica do Tejo e de Carril
das Travessas são essencialmente metagrauvacóides, enquanto a Formação de Ribeira de Arades é fundamentalmente pelítica. A Formação de Cabeço das
Popas, com litologia mais variada, é caracterizada por uma predominância de metapelitos e metaconglomerados.
Seis amostras de metapelitos, colhidas nas Formações de Ribeira de Arades, Carril das Travessas e Cabeço das Popas, foram analisadas no laboratório do
Prof. Teodoro Palacios Medrano, na Universidade de Extremadura (Badajoz, Espanha), em Janeiro-Fevereiro de 1988, mostrando-se a maior parte delas muito
ricas em possíveis cianobactérias planctónicas.
Foram encontradas as espécies Bavlinella faveolata (Shepeleva), Vidal, 1976 e Palaeogomphosphaeria cauriensis Palacios, 1989 e os Tipos A e B, que Teodoro
Palacios já havia reconhecido em Coria e a que deu idade de Ediacariano Superior.
A Formação do Carril das Travessas foi a que mostrou uma associação planctónica mais completa, que inclui P.cauriensis, podendo correlacionar-se com o
Membro II da Formação Cíjara.
Com o presente trabalho pretende-se realçar o interesse destes microfósseis dado tratar-se dos únicos até agora conhecidos no Grupo das Beiras, em
Portugal.