Author(s):
Rosa, Maria Matoso Coelho
Date: 2003
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/876
Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Subject(s): Psicologia clínica; Desenvolvimento infantil; Emoções; Desenvolvimento precoce; Instrumentos; Prevenção; Auto-estima; Escala apgar; Clinical psychology; Emotions; Early development; Instruments; Prevention; Self-esteem; Apgar scale
Description
Dissertação de Mestrado em Psicopatologia e Psicologia Clínica O objectivo principal desta investigação consistiu em tentar compreender de que forma os factores emocionais maternos podem influenciar o desenvolvimento precoce de um indivíduo. Partindo de teorias psicanalíticas da "Relação de Objecto", procurou-se criar um instrumento que permitisse um rápido diagnóstico de situações de risco de desenvolvimento de patologia mental futura, em bebés
Foi delineada a seguinte hipótese: Mães com níveis de auto-estima elevados têm mais recursos para lidar com os seus bebés, diminuindo o risco de desenvolvimento de patologia mental.
A amostra correspondeu a uma amostra de conveniência, e foi recolhida, essencialmente, na sede e em gabinetes da Associação "Ajuda de Mãe", sendo constituída por 31 mães, com bebés de idades compreendidas entre os 4 e os
12 meses.
Foram utilizados dois instrumentos: uma adaptação de The Maternal Self-Report Inventory de Shea e Tronik (1988), realizada por Galvão (2002) e a Escala de Apgar de Saúde Mental (instrumento criado para este estudo com o propósito de calcular o índice de risco de ocorrência de patologia posterior).
Os dados recolhidos através do Inventário de Auto-estima Materna e da Escala de Apgar de Saúde Mental sofreram uma análise quantitativa, mediante técnicas estatísticas, tendo sido ainda utilizado um programa de computador estatístico: SPSS. O teste estatístico utilizado foi o coeficiente de correlação de Spearman.
Os resultados indicam que: a aceitabilidade da função materna, os sentimentos respeitantes à gravidez, parto e pós parto e a expectativa de competências maternas relacionam-se de uma forma directa e inter-inftuenciam-se; quanto mais sinais de saúde o bebé demonstre, menores são as condições para o acontecimento de perturbações; quanto maior o suporte sentido pela mãe, mais disponível está para fazer face às angústias relacionadas com as alterações de vida inerentes ao nascimento de um filho; quanto maior o suporte familiar sentido, maior é a possibilidade de serem detectadas situações clínicas atípicas; mães que apresentam um suporte familiar marcado, poderão fazer com maior facilidade delegação de competências maternas, potenciando perturbações ao nível da relação mãe-bebé e, consequentemente, a ocorrência de situações clínicas atípicas mais frequentes.
Tendo em consideração as correlações emergentes entre os dois instrumentos utilizados, pondera-se que, apesar de existir uma tendência para a confirmação da hipótese de partida, a sua aceitação é precipitada. De facto, considera-se imprescindível um aumento substancial da dimensão da
amostra.