Author(s):
Ribeiro, Ana Eduardo
Date: 2006
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/850
Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Subject(s): Psicologia clínica; Vinculação; Maternidade; Adolescência; Instrumento; Díades; Desenvolvimento infantil; Clinical psychology; Attachment behaviour; Maternal behaviour; Adolescence; Instruments; Diads; Infant development
Description
Dissertação de Mestrado em Psicopatologia e Psicologia Clínica A teoria da vinculação descreve uma forma de relação universal, que se inicia entre o indivíduo e o seu prestador de cuidados, cuja função primária é a de protecção. Esta protecção tem um objectivo biológico - a sobrevivência da espécie, e psicológico - sentimento de segurança, tendo como resultado comportamental a proximidade física. A relação de vinculação. desenvolve-se a partir da interacção entre as tentativas da criança de manter a proximidade da figura de vinculação em alturas de ameaça, e a acessibilidade da figura de vinculação. Esta visão holística do fenómeno vinculativo do ser humano, objectivou uma recolha e tratamento bibliográfico sobre as diversas teorias de vinculação, perspectivando uma compreensão dos movimentos vinculativos reminescentes em crianças com o diagnóstico de Perturbação Reactiva da Vinculação, e que se encontram institucionalizadas. A questão de fundo da presente dissertação, assenta sobre que tipo de movimentos, ou que tipo de base estrutural vinculativa permite, independentemente das problemáticas observadas, manter nas crianças disponibilidade para firmar laços de vinculação. Optou-se pela metodologia de estudo exploratório qualitativo, dado as potencialidades deste método, em destacar as características particulares das relações entre duas pessoas, sendo manipulado para tal o contexto de avaliação/ testagem psicológica. Foram utilizados o CAT (Children Apperception Test) e as Histórias de Vinculação para Completar, para sistematizar as respostas das 5 crianças escolhidas para o presente estudo. Conclui-se que as crianças institucionalizadas, com diagnóstico de PRV mantém um padrão relacional próprio, de compreensão complexa, mas sobretudo com uma forma de posicionamento por parte dos intervenientes (técnicos, psicólogos, etc.) especial e exigente, único na forma de corresponder às necessidades emocionais e afectivas destas crianças e contrariar o processo de perturbação vinculatória, muitas vezes iniciado pelas próprias disfunções das famílias biológicas.