Detalhes do Documento

Relação entre a qualidade da vinculação à mãe e à educadora e a cognição social

Autor(es): Monteiro, Lígia Maria Santos cv logo 1

Data: 2002

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/705

Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário

Assunto(s): Psicologia educacional; Cognição social; Relação mãe-criança; Vinculação; Educação primária; Instrumentos; Desenvolvimento social; Educational psychology; Social cognition; Attachment behaviour; Mother-child relationships; Preschool education; Instruments; Social development


Descrição
Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional Com o presente trabalho procurou-se estudar a relação existente entre a Qualidade da Vinculação das crianças às mães e às educadoras, bem como, analisar a relação existente entre a Qualidade da Vinculação e a Compreensão Prosocial e Descentração Social (Cognitiva e Afectiva) apresentadas pelas crianças da amostra. O estudo envolveu 50 díades mãe/criança, com uma média de idades de 32.26 anos e de 40.80 meses respectivamente e 5 educadoras com uma média de idades de 42.04 anos, oriundas de um Jardim de Infância particular, dois da Rede Pública do Ministério da Educação e um Jardim de Infância da Câmara Municipal de Almada. Os instrumentos utilizados foram o Attachment Behaviour Q-Set (Waters, 1987) para a análise da Qualidade da Vinculação das crianças às mães e uma adaptação do mesmo instrumento, realizada por Duarte, Meneses e Monteiro (2000), com vista a analisar a vinculação das crianças às suas educadoras. Utilizou-se ainda, a Bateria de Provas Sócio-Cognitivas elaborada por Strayer et al (1994), de modo a analisar a Compreensão Prosocial e a Descentração Cognitiva e Afectiva das crianças da amostra. Todos os instrumentos foram aplicados individualmente. A análise estatística dos dados foi realizada em dois momentos. Inicialmente, centramo-nos nos dados referentes ao Attachment Q-Sort, tendo sido efectuada a Correlação do Q-Sort das crianças com os parâmetros de Segurança e Dependência da criança definida como ideal. Posteriormente e através da Análise Hierárquica de Clusters obteve-se, com base nas percepções maternas, três grupos em função da sua especificidade: o Grupo 1- seguro e independente, o Grupo 2 - inseguro e dependente e o Grupo 3 - inseguro e independente. Comparativamente, verificou-se que as educadoras distinguem significativamente apenas as crianças com base no critério score de Segurança, identificando um grupo de crianças seguras e outro de crianças inseguras. Num segundo momento e com base nas representações maternas, procurou-se através de uma Análise de Variância, verificar se entre os três grupos havia diferenças significativas ao nível da Compreensão Prosocial, da Descentração Cognitiva e Afectiva. Constatou-se que as crianças dos Grupo 1 (seguro e independente) e 2 (inseguro e dependente) tinham valores significativamente superiores às crianças do Grupo 3 (inseguro e independente) na Compreensão Prosocial-Justificação, na Descentração Cognitiva Global, Resposta e Justificação. Na Descentração Afectiva Global e Justificação apenas se encontraram diferenças significativas entre os Grupos 1 (seguro e independente) e 3 (inseguro e independente). Para as educadoras efectuou-se a Correlação entre os critérios scores da Segurança e Dependência com as dimensões da Cognição social, anteriormente, mencionadas. Desta análise, verificou-se que o primeiro critério se encontrava significativamente correlacionado com a Compreensão Prosocial-Justificação, a Descentração Cognitiva Global, Resposta e Justificação e com a Descentração Afectiva-Resposta. Conclui-se, ao nível da amostra estudada, que a vinculação é uma característica própria da relação estabelecida entre a criança e a figura de vinculação em questão podendo, assim, explicar-se as diferenças encontradas entre as percepções maternas e as percepções das educadoras. Constatou-se, que o Início de Frequência e o Número de horas que as crianças passavam no Jardim de Infância, não se encontrava correlacionado com a Qualidade da Vinculação das crianças às mães. Verificou-se, ainda, que é possível as crianças estabelecerem uma relação segura com uma figura não-parental e num ambiente de carácter não-familiar. Os resultados parecem, também, indicar que a Qualidade da Vinculação influência a Cognição Social. As crianças percepcionadas pelas mães como seguras, apresentam uma Compreensão Prosocial e uma Descentração Cognitiva e Afectiva superiores às crianças inseguras, nomeadamente, às crianças do grupo inseguro e independente.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Santos, António José
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo

Documentos Relacionados



    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento União Europeia