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Estudo da eco-etologia de diplodus vulgaris (pisces: sparidae)- padrões agoníst...

Autor(es): Henriques, Paulo Jorge Chaves dos Santos cv logo 1

Data: 1997

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/585

Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário

Assunto(s): Etologia; Comportamento animal; Comportamento agressivo em animais; Interacção social; Ecologia; Peixes; Ethology; Animal behaviour; Aggressive animal behaviour; Social interaction; Ecology; Fishes


Descrição
Dissertação de mestrado em Etologia Os principais desideratos deste trabalho baseiam-se no estabelecimento do reportório comportamental básico e organização social de Diplodus vulgaris, como forma de resposta às pressões ambientais, que podem favorecer ou inibir, em maior ou menor grau, as várias modalidades do comportamento agonístico. O sistema agonístico de D. vulgaris é constituído por padrões comportamentais que envolvem sinais de intimidação, fuga e submissão. Alguns destes elementos implicam confrontação física directa, enquanto outros envolvem manobras no sentido de uma aparente redução do potencial atacante dos oponentes. Salienta-se a grande plasticidade alimentar da espécie - diversos padrões alimentares e alimentação em cardume - como forma de adaptação às condições adversas do meio, no sentido de uma máxima rentabilização energética ( associada à busca e procura de alimentos ), com a redução dos riscos de predação. Realizaram-se observações na natureza e em condições controladas, de juvenis em cativeiro, de modo a registar o efeito dos factores densidade e tamanho relativo dos indivíduos, na frequência e duração dos comportamentos agonísticos. Os resultados evidenciam que uma diminuição da densidade, conduz a um aumento da frequência dos comportamentos agonísticos ( embora apenas o padrão de mostra de dorsal apresente diferenças significativas ), e das durações de investidas, perseguições e fugas. A permanência de um indivíduo de tamanho relativo superior, aos restantes elementos do grupo, conduz a um aumento significativo das investidas, perseguições, fugas e cargas, bem como uma maior duração de mostra de dorsal, investida, perseguição e fuga. A análise de sequências de comportamentos agonísticos traduz uma certa padronização nas suas interacções agonísticas, realçando o papel fulcral na avaliação entre os indivíduos, desempenhado pelo padrão comportamental de mostra de dorsal ( que funciona como sinal ofensivo, mas não imediatamente agressivo ). Quando se registam assimetrias de tamanho entre os peixes, verifica-se que os de maior porte tendem a evoluir para padrões agonísticos associados a uma superioridade crescente: investida —> perseguição —> carga ou mordida, enquanto que os indivíduos de menores dimensões executam comportamentos de fuga e de submissão. A vivência em grupo indicia-se como o padrão geral de estruturação social da espécie, assente sobretudo na defesa de uma área ( abrigo ), associada a zona de protecção, repouso e reprodução, no interior da qual se observa uma diferente ocupação do espaço por parte dos indivíduos, expressa em termos agonísticos. Destacam-se as estruturas biológicas envolvidas na coordenação dos actos agressivos, garantes da adaptação da espécie ao meio, mediante o desenvolvimento de mecanismos que permitem minimizar os confrontos físicos directos e/ou os danos subsequentes.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Almada, Vítor Carvalho
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