Autor(es):
Conde, Ana
; Figueiredo, Bárbara
; Costa, Raquel João Magro
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/1128
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Analgesia de parto; Percepção da experiência de parto; Obstetric analgesia; Perception of childbirth experience
Descrição
O parto é, geralmente, uma experiência difícil; o modo como a experiência
é recordada ao longo do pós-parto pode interferir no estado de humor e
disposição da mulher para engravidar de novo. Objectivos: O objectivo deste estudo é
explorar a continuidade e a mudança na percepção da experiência de parto ao longo
dos primeiros seis meses do puerpério, em relação com o tipo de parto. Método: Uma
amostra de 306 mulheres, recrutadas na Maternidade de Júlio Dinis (Porto), preencheu
o “Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto” (QESP, Costa, Figueiredo,
Pacheco, & Pais, 2004) nas primeiras 48 horas e ao 3º e 6º mês do pós-parto. Resultados:
Os resultados revelam mudanças no sentido de uma percepção mais positiva da
experiência de parto entre o pós-parto imediato e o 6º mês do puerpério, pautada pela
progressiva recordação da vivência de: mais emoções positivas, menos emoções negativas
e menor preocupação durante o parto. A ocorrência destas mudanças positivas
associa-se ao tipo de parto, sendo particularmente visível nos partos eutócitos com
analgesia epidural e cesariana com anestesia geral. Conclusão: A construção de uma
percepção mais positiva da experiência de parto pode ser uma tarefa desenvolvimental
relevante do puerpério e parece ser mais consistente nos partos eutócitos com
analgesia epidural e cesariana com anestesia geral. ------ ABSTRACT ------ The delivery is an experience perceived as difficult by most mothers;
the way mothers remember this experience during the early postpartum months can
interfere in their mood and predisposition to get pregnant again. Aims: The main aim
of this study is to explore continuities and changes in the perception of the childbirth
experience throughout the first six postpartum months, and relating them to the type
of delivery. Method: A sample of 306 pregnant women, recruited at the Júlio Dinis
Maternity Hospital (Oporto, Portugal), filled in the “Childbirth Experience and
Satisfaction Questionnaire” (QESP, Costa, Figueiredo, Pacheco, & Pais, 2004) in the
first 48 hours after delivery, 3rd and 6th postpartum months. Results: Results showed
changes in the perception of childbirth experience in a positive way between 48 hours
after delivery and the 6th postpartum month. At this moment, women perceived their
childbirth experience with more positive emotions, less negative emotions and fewer
worries during delivery. The occurrence of these positive changes is associated to the type of delivery, being especially clear in normal deliveries with epidural analgesia
and in cesarean with general anaesthetic. Conclusions: The construction of a more
positive perception of childbirth experience can be a relevant postpartum
developmental task, more consistent in normal deliveries with epidural analgesia and
in caesarean with general anaesthetic.