Autor(es):
Francisco, Vera Lúcia
; Pires, António Augusto Pazo
; Pingo, Susana
; Henriques, Rute
; Esteves, Maria Ascensão
; Valada, Maria José
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/101
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Criança; Mãe; Depressão materna
Descrição
Pretendeu-se construir um modelo sobre o Comportamento parental de mães deprimidas. As participantes foram 23 mães com idades compreendidas entre os 20 e os 47 anos e cujos filhos têm idades entre os 4 meses e 8 anos de idade. Dezassete destas mães pertencem a estudos realizados anteriormente (Esteves, Pires & Valada, 2001; Henriques, 2002; Pingo, 2002). As entrevistas semi-estruturadas foram gravadas e posteriormente transcritas e analisadas de acordo com o método “Grounded Theory”. Constatou-se que estas mães se sentem indisponíveis para os seus filhos e para os outros, sendo invadidas por um sentimento de inadequação materna, o que leva ao emergir de sentimentos de culpa. O processo social básico é o da Relação de Proximidade e de Exclusividade. Assim, estão sempre presentes, dedicam-se exclusivamente à criança, abdicam do seu tempo em prol da criança, são permissivas, protectoras, companheira de brincadeiras, vêm a criança como sendo só sua e afirmam ser mãe e pai. Esta relação de proximidade e exclusividade é moderada por sentimentos de incompreensão, pelo medo/insegurança, falta de apoio, sentimento de vazio, mas também pela rejeição de apoio, ausência da figura paterna, o tipo de relação conjugal, deixar de trabalhar e a preocupação, tendo como consequências as dificuldades de separação e crianças que são difíceis, dependentes, desobedientes, imaturas, ansiosas, teimosas, egoístas, agitadas, nervosas, insatisfeitas e com dificuldades na interacção com o outro.