Author(s):
Rebelo, José
Date: 1993
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/5587
Origin: Repositório do ISCTE-IUL
Subject(s): Concorrência; Regulação; Financiamento; Programação
Description
Um ano após o inicio da televisão privada em Portugal, o autor esboça respostas a três questões que se lhe afiguram essenciais: qual o futuro do «serviço público», qual o efeito da concorrência sobre o conteúdo dos programa, qual a viabilidade económica dos quatro canais em confronto? Através de exemplos estrangeiros, tenta explicitar os pressupostos políticos e financeiros que presidem à criação de canais privados, assim como a tendência para o controle que a marca, sistematicamente, as relações entre o poder político e um media altamente performativo como a televisão. Desenvolve, por outro lado, o modelo de «neotelevisão», generalista e relacional, eminentemente apelativo e virado para as solicitações do «grande público». Oposto à «televisão dos criadores», esse modelo manifesta-se sobretudo no âmbito de canais privados. Mas manifesta-se também nos canais públicos que, dando prioridade à concorrência, asusmem características de «televisão comercial do Estado». Aborda, por fim, as dificuldades financeiras que rodeiam o audiovisual em Portugal, provocadas pela reduzida dimensão do mercado interno de publicidade e agravadas pela crise internacional que afecta em particular as televisões hertzianas.