Author(s):
Martins, Marta Ferreira
Date: 2009
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/3337
Origin: Repositório do ISCTE-IUL
Subject(s): Condomínio fechado; Espaço; Habitat; Cidade; Qualidade habitacional; Qualidade de vida
Description
1) Com a ausência, em Portugal, de um enquadramento legal preciso, a noção de condomínio habitacional fechado remete-nos à consideração de um universo arquitectónica, social e simbolicamente heterogéneo. 2) O fenómeno do seu surgimento e expansão convida-nos a interpelar, de forma indissociável, Espaço, Cidade e Democracia, revestindo-se, tal interpelação, de um particular potencial estratégico na discussão em torno da cidade que temos e sua transformação na cidade que queremos. 3) Os marcadores materiais e simbólicos que operam a distinção dos condomínios habitacionais fechados entre a generalidade dos condomínios, a imaginação sobre quem neles vive e as razões e impactes subjacentes à sua origem e expansão, assumiram-se como temáticas orientadoras da provocação e da descoberta dos discursos de um conjunto de interlocutores social e culturalmente diversos, distintamente associados à produção e apropriação social de alguns destes empreendimentos, localizados na cidade de Lisboa. 4) Um diálogo analiticamente estabelecido entre residentes, agentes associados à oferta de espaço residencial, investigadores e decisores políticos, do qual-por entre linhas de ruptura- emergem interessantes e preocupantes espaços de consenso e compreensão mútuas, nele se aclarando elencos de preocupações e reivindicações produzidas sobre a cidade actualmente existente, os quais se afiguram partilhados entre confessados adeptos e assumidos opositores destes empreendimentos. Endereçado o desafio, como poderá a Cidade responder?