Cultura da empresa: quem somos nós. Uma perspectiva socioantropológica

• Autor(es): Torres, Ricardo M.S.
• Data: 2009
• Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/1890
• Origem: Repositório do ISCTE-IUL
• Assunto(s): Sociologia; Empresa; Organização; Antropologia; Mudança; Sociology; Organization; Anthropology; Change; Enterprise
• Tipo de Documento: Dissertação de Mestrado
• Idioma: Português
• Orientador(es): Pimentel, Duarte Nuno de Melo da Cunha

Descrição

Mestrado em Sociologia, Especialidade em Organizações, Trabalho e Emprego As análises culturais têm-se multiplicado no contexto empresarial desde a década de 80. Partindo de uma necessidade de melhor compreender o funcionamento de uma organização empresarial – necessidade essa muito motivada por razões claras de gestão – procurou-se olhar para além dos mecanismos organizacionais formais. O interesse analítico incidiu, assim, mais sobre a componente humana da empresa e como esta ajuda a erigir a própria empresa, i.e. como os actores sociais em acção no contexto empresarial não se reduzem a meros reprodutores de esquemas burocráticos, contribuindo para a construção do tecido social em causa. Com o progredir dos estudos sobre esta temática têm surgido tendências teóricas e práticas agregadoras, resultando em diferentes campos teóricos de estudo. Importa, pois, desconstruir analiticamente tais teorias, na tentativa de perceber como estas se articulam com os processos contemporâneos de mudança social e seus efeitos. Tal reflexão leva à necessidade de reequacionar os mecanismos de tais teorias, bem como o próprio papel do conhecimento. Cultural analyses have multiplied in the organizational context since early 1980. Having its genesis in the need to better understand the intricacies of an organization – a need very rooted in managerial requirements – the analysis moved away from the mere formal organizational mechanisms. The analytical focus turned to the human component of the organization and how it helps to fabricate the organization itself, i.e. how the social actors aren’t reduced to merely reproduce the bureaucratic functioning schemes in the organizational context, but in fact help to build the said social milieu. As the research advanced there could be identified aggregative theoretical and practical tendencies, resulting in different theoretical fields. It beckons now to deconstruct analytically said theories, as a way to try to understand how these articulate with the contemporary social change processes and its effects. This reflexion leads to revaluate the referred theoretical mechanisms, as well as the role of knowledge itself.