Author(s):
Gonçalves, Katia Harker
Date: 2007
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/1439
Origin: Repositório do ISCTE-IUL
Subject(s): Block Exemption Regulation; Competition policy; European Union; Liberisation; Concorrência; União Europeia; Liberalização
Description
Master in International Management The new Block Exemption Regulation concerning the way in which vehicle manufacturers
distribute their products in Europe took full effect on the 1st of October 2003. Three years
on, relationships between manufacturers, dealers, and all other automotive industry players
have started to show signs of change. Over these past three years dealership groups have
consolidated, multi-branding increased, and the after-sales market has become stronger in
relation to their rivals, the dealerships. However, in essence, the scale of change the
European Commission, and consumers, hoped for has not yet occurred. Manufacturers
continue to be the stronger party regarding the relationships they have with their dealership
networks and the after-sales market. Though most opted for a selective dealership
distribution network, aimed at giving dealerships more autonomy, the shift in power from
the manufacturer to the dealer is barely visible.
Additionally, the changes that have occurred are believed, by most, to be due to the
continual saturation of the European Automotive market and the quantity of economies
trying to recover from ongoing recession, and not due to the new Block Exemption
Regulation itself. Yet, what the new regulation has allowed is for dealers with difficulties
to find easier solutions to their problems (e.g. consolidation, change in structure or sale),
consumers to shop more easily and after-sales service quality standards to increase due to
stronger competition. As normas que vieram alterar o Block Exemption, relativamente á forma como os
fabricantes de veículos automóveis distribuem os seus produtos na Europa, entraram em
vigôr em 1 de Outubro de 2003. Decorridos três anos, o relacionamento entre produtores,
concessionários e as outras entidades envolvidas no comércio de veículos automóveis,
começa a mostrar alguns sinais de mudança. Ao longo desses três anos verificou-se uma
cada vez maior concentração de concessionários em grupos distribuidores, a exclusividade
tem vindo gradualmente a dar lugar a um cada vez maior número de representações
multimarca e as oficinas independentes e negociantes de peças têm-se vindo a tornar mais
fortes.
Contudo, a grande mudança que a Comissão Europeia e os consumidores esperavam, ainda
não aconteceu. Os fabricantes continuam a dominar as relações com as suas redes de
concessionários e com o mercado de pós-venda. Apesar de a maioria dos fabricantes terem
optado por um critério de distribuição selectiva, que dá maior autonomia aos seus
concessionários, a relação de forças entre essas duas entidades quase não se alterou. De
acordo com vários analistas, as mudanças que tiveram lugar deveram-se mais a uma grande
saturação do mercado automóvel europeu, e á fragilidade da sua economia, do que á nova
regulamentação do Block Exemption. Mas, pode dizer-se que a nova regulamentação criou
condições mais favoráveis para concessionários em dificuldade (oportunidade de integrarse
num grupo, mudar a sua estrutura ou vender o negócio), maior facilidade para os
clientes escolherem o produto que pretendem e maior conveniência e condições em termos
de assistência pós-venda, em consequência do aumento de concorrência entre as várias
partes envolvidas.