Author(s):
Morgado, Ana Paula
; Coutinho, Emília
; Duarte, João
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.19/2276
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Subject(s): Adolescência; Contraceção de emergência; Sexualidade; Adolescentes; Fenomenologia; Adolescence; Emergency contraception; Sexuality; Adolescents; Phenomenology
Description
Resumo
Ser adolescente…jovem faz parte do percurso do ser
humano no seu crescimento e desenvolvimento. É dos
períodos da vida mais saudáveis e de conquista que se têm ao
longo da vida. No entanto, atendendo aos comportamentos de
risco, nomeadamente aos que surgem naturalmente fruto desta
fase de desenvolvimento, e às novas realidades com que os
jovens se defrontam socialmente no seu quotidiano, torna-se
pertinente entender este período de vida e as particularidades
que nele assume a sexualidade. Com Portugal a ocupar o lugar
cimeiro entre os jovens europeus infetados com o VIH/SIDA
(Frade et al., 2006; Matos, 2010) e com gravidezes
indesejadas, a sexualidade na adolescência é um tema
importante na atualidade portuguesa.
O presente estudo teve como objetivos: compreender
os significados atribuídos pela jovem à vivência da sua
sexualidade; compreender os significados atribuídos pela
jovem à experiência de utilização de contraceção de
emergência. Participaram no estudo vinte e três (23) jovens do
sexo feminino, todas utilizadoras do Gabinete de Apoio à
Sexualidade Juvenil, de uma Delegação Regional da Zona
Centro do Instituto Português da Juventude. Recorreu-se a uma abordagem fenomenológica, tendo-se para o efeito
selecionado a entrevista semiestruturada como instrumento de
colheita de dados. Para a análise dos dados optou-se pela
proposta de Análise Fenomenológica de Max Van Manen
(1997).
Dessa análise emergiram cinco grandes temas. Este
artigo analisa um desses grandes temas: a Contraceção de
Emergência como recurso na gravidez indesejada. São
apresentadas diferentes subcategorias e subsubcategorias.
As jovens manifestam uma forte preocupação com
as gravidezes indesejadas, mas o uso inadequado de métodos
contracetivos e o recurso a métodos pouco eficazes levam-nas
ao uso da Contraceção de Emergência em situações extremas.
Está subjacente a toda esta prática, a falta de preocupação com
as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). Abstract
Being an adolescent…a youth, is part of the path in a
human being’s growth and development. It is a period of life
brimming with health, achievement and promise.
Nevertheless, due to risk behaviours, including those which
occur as a natural part of this stage of development and the
new realities adolescents face in their day-to-day social lives,
it is worth understanding this period of life as well as the
particular part sexuality plays in it. With Portugal in the top
position among young Europeans infected with HIV/AIDS
(Frade et al., 2006; Matos, 2010) and unwanted pregnancies,
adolescent sex is an important issue in Portugal today.
The aim of this study was to understand the meanings
attributed by adolescents to experience their sexuality and to
understand the meanings attributed by adolescents to
experience of use of emergency contraception for some young
users of the Youth Sexuality Support Office [Gabinete de
Apoio à Sexualidade Juvenil] of a Delegation for the Central
Region [Delegação Regional da Zona Centro] of the
Portuguese Youth Institute [Instituto Português da Juventude]
by a phenomenological approach. A semi-structured interview
was used to collect the data and twenty-three (23) young
women participated in the study. The Max Van Manen (1997)
Phenomenological Analysis was selected to analyse the data. From this analysis, five major themes emerged. This
article examines one of these topics: Emergency
Contraception as a resource in unwanted pregnancies. We
present different subcategories and sub-subcategories.
The young females showed a strong preoccupation
with unwanted pregnancy by the inadequate use of
contraception and ineffective methods leading to requiring
emergency contraception in extreme situations. An underlying
issue to this entire practice is the lack of concern regarding
Sexually Transmitted Diseases.