Autor(es):
Santos, Cláudia Raquel Albuquerque Bruno Ribeiro
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.19/1967
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Assunto(s): Espondilite anquilosante; Qualidade de vida; Reabilitação; Quality of life; Rehabilitation; Spondylitis, ankylosing
Descrição
Introdução – As doenças reumáticas integram um grupo de doenças cada vez mais frequentes, pelo
que devem ser vistas como um importante problema socioeconómico, com impacto negativo crescente
a nível da saúde pública, considerando os atuais estilos de vida e o aumento da longevidade. Entre
essas doenças está a Espondilite Anquilosante (EA), considerada uma condição com carater evolutivo
e comprometimento progressivo no cotidiano das pessoas portadoras, influenciando a sua qualidade
de vida. Neste pressuposto, o objetivo central deste trabalho pretende identificar as variáveis
preditivas (sociodemográficas, clínicas e psicossociais) da qualidade de vida dos indivíduos
portadores de Espondilite Anquilosante em Portugal.
Metodologia - Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo –
correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 51
portugueses portadores de EA, 15 mulheres e 36 homens, com idades compreendidas entre os 19 e 79
anos (M= 47,00; Dp=14,14). O instrumento de colheita inclui uma secção de caraterização sóciodemográfica
e familiar, outra secção de caraterização clínica e uma secção de caracterização
psicossocial. Utilizámos instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa:
escala de APGAR familiar, questionário SF-36, Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) e os
questionários BASDAI e BASFI.
Resultados – Verificamos que existem variáveis determinantes na qualidade de vida da pessoa
portadora de EA. Portadores com mais idade apresentam tendencialmente menor qualidade de vida;
portadores integrados em famílias mais funcionais apresentam maior qualidade de vida; maior idade
de diagnóstico da doença revela menor qualidade de vida; a existência de sintomatologia interfere de
modo negativo na qualidade de vida dos indivíduos; quanto maior a intensidade de dor, menor a
qualidade de vida; níveis mais elevados de bem-estar psicológico conduzem a uma melhor qualidade
de vida; quanto maior a atividade da doença e a capacidade funcional menor a qualidade de vida da
pessoa com EA.
Conclusão – As evidências encontradas salientam a importância de uma reflexão multidisciplinar de
forma a promover uma melhor qualidade de vida da pessoa com EA. É pertinente a implementação de
um programa de reabilitação, integrando a família como elemento participativo no processo
assistencial, visando a melhoria da qualidade de vida nos portadores de EA.
PALAVRAS-CHAVE
Espondilite Anquilosante, Qualidade de vida, Reabilitação. ABSTRACT
Introduction - Rheumatic diseases are a group of diseases increasingly frequent and should be seen
as an important social and economic problem, with a growing negative impact on public health, given
the current styles life and increased longevity. Among these diseases are ankylosing spondylitis (AS),
a condition considered with an evolution and progressive character impairment in daily life of people,
witch influence their quality of life. This assumption, the goal of this paper is to identify the predictive
variables (sociodemographic, clinical and psychosocial) of quality of life of individuals with
ankylosing spondylitis in Portugal.
Methodology -We conceptualize a study of quantitative, cross-sectional, descriptive - correlational
nature, using a non-probability sample of convenience, consisting of 51 Portuguese patients with
ankylosing spondylitis, 15 women and 36 men, aged between 19 and 79 years (M = 47.00, SD =
14.14). The collection instrument includes a socio-demographic and familiar section characterization,
another section of clinical characterization, a section of psychosocial characteristics. We used
measuring instruments calibrated and validated for the Portuguese population: Family APGAR scale,
SF-36 scale, the Psychological Well-Being (EBEP) and BASDAI and BASFI questionnaires.
Results – We verified that there are variables that determine the quality of life of the person with EA.
Older patients tend to have lower quality of life; holders integrated into functional families have a
higher quality of life; higher age at diagnosis of the disease, reveals lower quality of life; the existence
of symptoms interfere negatively in the quality of life of individuals; greater pain intensity leads to a
lesser quality of life. Higher levels BEP lead to a better quality of life: the greater the disease activity
and functional capacity the lower the quality of life of the person with AS.
Conclusion – The evidence underline the importance of a multidisciplinary reflection in order to
promote a better quality of life of people with AS. The implementation of a rehabilitation program is
pertinent, with the help of a family member as a participatory element in the care process, aiming at
improving the quality of life in patients with EA.
KEYWORDS
Ankylosing spondylitis, Quality of life, Rehabilitation.