Autor(es):
Lopes, Maria Amélia Santos
; Duarte, João Carvalho, orient.
; Dias, António Madureira, co-orient.
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.19/1693
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Assunto(s): Doença coronária; Enfarte do miocárdio; Estilo de vida; Isquémia do miocárdio; Promoção da saúde; Coronary disease; Health promotion; Life style; Myocardial infarction; Myocardial ischemia
Descrição
Enquadramento: Os estilos de vida estão associados às doenças cardiovasculares e à
mortalidade. Os benefícios da promoção de estilos de vida saudáveis na prevenção das
doenças cardiovasculares são inequívocos, bem conhecidos pela comunidade científica e
divulgados à população em geral. Contudo, as evidências de estilos de vida não saudáveis
continuam a marcar uma tendência nas populações, principalmente nas sociedades
ocidentais.
Objetivos: verificar que estilos de vida apresentam os doentes com cardiopatia isquémica;
averiguar se as variáveis sociodemográficas e a funcionalidade familiar interferem nos
estilos de vida do doente com cardiopatia isquémica.
Métodos: Optou-se por um estudo não experimental, de natureza quantitativa, do tipo
descritivo-correlacional e explicativo. Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de
colheita de dados contém um questionário, constituído por questões relativas às variáveis
sociodemográficas, a Escala de Funcionalidade Familiar, questões relacionadas com as
variáveis clínicas, bem como contém a Escala de Estilos de Vida. A amostra global
analisada foi de 140 doentes com Cardiopatia Isquémica, com uma média de idades de
68,98 anos. Do universo amostra em estudo, 105 doentes são do sexo masculino e 35 do
sexo feminino.
Resultados: Mais de metade da amostra apresentava obesidade moderada, predominando
os participantes que tinham mais peso quando foram acometidos pela doença coronária
isquémica. A maioria dos participantes nunca fumou, estando incluídos dentro do grupo de
fumadores os homens. No que se refere à alimentação saudável, o coeficiente de dispersão
revelou que esta apresentava uma dispersão moderada. A média mais elevada foi ao nível
dos estilos de vida não saudáveis. A idade influenciou os estilos de vida dos doentes e os
estilos de vida não saudáveis. A situação laboral influenciou os estilos de vida dos doentes,
cuja variação das médias resultou em diferenças estatisticamente significativas para o fator
“estilos de vida não saudáveis”. O stresse, a funcionalidade familiar, a idade e o sexo são
variáveis preditoras dos estilos de vida saudáveis e estilos de vida global, uma vez que a
correlação positiva que estas variáveis estabelecem com os estilos de vida saudáveis é
muito fraca, tendo-se deduzido que quanto maiores os índices nestas variáveis, mais baixos
são os estilos de vida não saudáveis.
Conclusão: Este estudo indicou que, na generalidade, os doentes revelaram estilos de vida
não saudáveis.
Palavras-chave: Cardiopatia isquémica; estilos de vida saudáveis; estilos de vida não
saudáveis. ABSTRACT
Framework: He lifestyles are associated with cardiovascular disease and mortality. The
benefits of promoting healthy lifestyles in the prevention of cardiovascular disease is
unequivocal, well known by the scientific community and disseminated to the general
population. However, evidence of unhealthy lifestyles continue to mark a trend in the
populations, especially in Western societies.
Objectives: To verify that lifestyles have patients with ischemic heart disease; determine
whether sociodemographic variables and family functioning interfere with the lifestyles of
patients with ischemic heart disease.
Methods: We chose a non-experimental, quantitative, descriptive-correlational and
explanatory. To assess the study variables, the data collection instrument contains a
questionnaire consisting of questions related to sociodemographic variables, the Family
Functioning Scale, issues related to clinical variables, and contains the Scale of
Lifestyles. The bulk sample was analyzed for 140 patients with Ischemic Heart Disease, with
a mean age of 68.98 years. Sample of the universe under study, 105 patients were male and
35 female.
Results: Over half the sample had moderate obesity, mostly participants who had more
weight when they were suffering from ischemic heart disease. Most participants had never
smoked, being included within the group of men smoking. With regard to the diet, the
coefficient of dispersion found that this dispersion showed a moderate. The highest average
was the level of unhealthy lifestyles. Age influenced the lifestyles of patients and unhealthy
lifestyles. The employment situation has influenced the lifestyles of patients, whose average
variation resulted in statistically significant differences for the factor "unhealthy
lifestyles". The stress, family functioning, age and sex are predictors of healthy lifestyles and
lifestyles overall, since the positive correlation that these variables have with the healthy
lifestyles is very weak and it was deduced that the higher rates in these variables, the lower
are the unhealthy lifestyles.
Conclusion: His study indicated that, overall, the patients revealed unhealthy lifestyles.
Keywords: Ischaemic heart disease, healthy lifestyles, unhealthy lifestyles.