Autor(es):
Brás, Cláudia Patrícia Costa
; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.
; Duarte, João Carvalho, co-orient.
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.19/1630
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Assunto(s): Aleitamento materno; Comportamento; Motivação; Mulher grávida; Psicologia; Behavior; Breast feeding; Motivation; Pregnant women; Psychology
Descrição
Curso de mestrado em enfermagem de saúde materna obstetrícia e ginecologia A Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até aos
seis meses de idade. No entanto, um grande número de mães desiste precocemente de
amamentar durante o primeiro mês de vida do bebé. A disposição para realizar este
comportamento encontra-se impregnada de hábitos sociais, culturais, económicos, mas
depende sobretudo da intenção da grávida e de várias condições que interferem na
mesma.
Com esta investigação pretende-se identificar os factores preditores da intenção da
grávida para amamentar.
O estudo realizado é de natureza quantitativa, não experimental, transversal, descritivocorrelacional
e explicativo. Foi aplicado um questionário a 216 grávidas que fizeram a
vigilância pré-natal e cursos de preparação para o parto/parentalidade, constituído pela
caracterização sociodemográfica, obstétrica, contextual, caracterização relacionada com
a experiência em amamentação e a decisão em amamentar e por uma escala, a Escala de
Motivação e Intenção da Grávida para Amamentar.
Os resultados sugerem que são as mulheres multíparas (24,5%), com experiência
anterior em amamentação (22,2%), e que decidiram amamentar antes da gravidez
(74,3%), que revelam níveis superiores de intenção para o comportamento amamentar.
As grávidas mais novas (24,1%), com baixo nível de escolaridade (13,9%) e as grávidas
que decidiram amamentar até à idade preconizada pela Organização Mundial de Saúde
(18,3%), encontram-se mais motivadas para o aleitamento materno, evidenciando
motivação extrínseca e intrínseca, respectivamente.
Este estudo sugere-nos que a atitude e o controlo comportamental percebido foram os
constructos que se destacaram como factores preditores da intenção para amamentar, em
detrimento da norma subjectiva.
Palavras-chave: Amamentação; Intenção; Teoria do Comportamento Planeado. ABSTRACT
The World Health Organization recommends breastfeeding exclusively up to six
months old. However, a large number of mothers give up breastfeeding early, during the
first months of the baby's life. The disposal to perform this behaviour is imbued with
social, cultural and economical habits but mainly depends on the intention of the
pregnant woman and the various conditions that interfere with her.
This research aims to identify predictive factors of the intention of the woman to
breastfeed.
The realized study is quantitative, non-experimental, cross-sectional, co-relational,
descriptive and explanatory. A questionnaire was given to 216 pregnant women who
had been given prenatal surveillance and preparation courses for childbirth / parenting,
consisting in socio-demographical, obstetrical and contextual characteristics related
with the breastfeeding experience, the decision to breastfeed and with the Motivation
and Intention Scale for Pregnant and Breastfeeding Women.
The results suggest that women who are multiparous (24.5%), with previous experience
in nursing (22.2%), and who decided to breastfeed before the pregnancy (74.3%), that
show higher levels of intention to a breastfeeding behaviour. Younger pregnant women
(24.1%), with a lower education level (13.9%) and pregnant women who decided to
breastfeed until the age recommended by the World Health Organization (18.3%), are
more motivated to breastfeeding, showing extrinsic and intrinsic motivation,
respectively.
This study indicates us that the attitudes and the perceived behavioural control were the
factors that stood out as predictors of the intention to breastfeed, rather than the
subjective norms.
Keywords: Breastfeeding; Intention; Theory of Planned Behaviour.