Author(s):
Crespo, Maria Virgínia
; Rosa, Fernanda
; Almeida, J.P.
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.15/181
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém
Subject(s): Cão; Eliminação parasitária; Sazonalidade; Óbidos
Description
Apresentação em Painel Na sequência de estudos anteriormente realizados sobre “Contaminação ambiental por endo e ectoparasitas de canídeos da Região do Ribatejo e Oeste e do Vale do Tejo”, e no interesse manifestado pelos Serviços Veterinários Municipais na implementação de medidas preventivas para minimizar os riscos de contaminação ambiental e de Saúde Pública no Concelho de Óbidos, realizou-se durante o ano de 2009 um estudo sobre o tipo e o grau de parasitismo em canídeos deste concelho e períodos de maior risco de contaminação ambiental.
Colheram-se de 548 amostras de fezes de canídeos, com uma recolha por estação do ano de 137 amostras, correspondentes a 5,00 % do efectivo canino. As amostras foram sujeitas a análises coprológicas qualitativas e quantitivas, respectivamente pelos métodos de Willis e de McMaster.
Das amostras de fezes observadas, 274 (50%00 %) apresentaram formas de eliminação parasitária. Nas amostras positivas identificaram-se ovos de Ancylostomatidae (79,92%) (Ascarididae - Toxocara canis e Toxascaris leonina) (12,04%), Trichuris sp. (Trichuridae) (40,15%), Strongyloides sp. (Strongyloididae) (18,98%), oocistos de Isospora sp. (Eimeriidae) (2,55%) e Sarcocystis sp. (Sarcocystidae) (0,37%) e proglótides grávidos de Dipylidium caninum (0,74%), apresentando a maioria infecção simples, com 52,92%, e as restantes, infecções mistas (39,42% - infecções duplas; - 7,66% infecções triplas).
O estudo estacional permitiu evidenciar um aumento do número de amostras positivas, ao longo do ano, com a seguinte distribuição: Inverno - 9,67%; Primavera - 11,86%; Verão - 13,50%; Outono - 14,96%. Independentemente da estação do ano, identificaram-se ovos de Ancylostomatidae, Ascarididae, Trichuris sp., Strongyloides sp. e oocistos de Isospora sp., e as maiores prevalências foram sempre registadas no Outono (90, 24%) para Ancylostomatidae. Com excepção do Inverno, onde se registou maior gravidade das infecções com superioridade de associações (50,94%), nas restantes estações, predominaram as infecções simples, embora, a prevalência das infecções de maior gravidade (triplas), tenham ocorrido na Primavera, com 15,38%.
Apesar de ter sido no Inverno que se registaram as infecções mais graves, o maior risco de contaminação é no Outono, estação onde se observou maior diversidade parasitária e maior número de amostras com infecção.
Relativamente a estudos anteriores, este concelho apesar de ter registados menor diversidade parasitária, apresentou maior número de animais infectados e infecções mais graves.