Autor(es):
Costa, Antónia Oliveira
; Santos, Pedro Lopes dos
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.21/2822
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa
Assunto(s): Vinculação; Processamento sensorial; Díade mãe – filho; Resiliência; Attachment; Sensory processing; Mother-infant dyads; Resilience; Attachement; Intégration sensorielle; Paires maman/bébé; Résilience
Descrição
Estudou-se a relação entre a segurança da vinculação e a qualidade do processamento
sensorial na primeira infância. Para o efeito, seleccionou-se uma amostra normativa de 40
díades mãe-bebé, com crianças entre os 11 e os 18 meses. Avaliou-se a qualidade da vinculação,
observando a díade no procedimento Situação Estranha. Classificaram-se 17 (42,5%) das
crianças no grupo de vinculação segura, sendo que as restantes 23 (57,5%) revelaram uma
vinculação não segura.
A qualidade do processamento sensorial avaliou-se através do Teste de Funções Sensoriais.
Constatou-se que a segurança da vinculação infantil associava-se a um score agregando quatro
factores ambientais (nível sócio-económico dos pais; existência de internamentos hospitalares;
coeficiente de número de irmãos; local onde a criança passa o dia). O Teste de Funções
Sensoriais não apresentou valor prognóstico relativamente ao tipo de vinculação. Porém, a boa
qualidade no processamento da informação sensorial parece constituir um factor de resiliência
no desenvolvimento da vinculação. Abstract: In this study we examine the relation between the security of infant bonding and
the quality of sensory processing in early childhood. For this purpose, a normative sample of
mother-infant dyads was selected. Forty infants from 11 to18 months old comprised the sample.
The Strange Situation was used to assess infant-mother bonding, and Sensory Processing was
evaluated by the Test of Sensory Functions. A score including four environmental variables
(parents SES, hospital stays, parity and caring) predicted the quality of infant-mother bonding
(secure, insecure and atypical attachment). Nevertheless, no direct relation between infantmother
bonding and infants’ quality sensory processing was found. Our results, suggest that
quality sensory processing operates as a resilience factor in the development of bonding. Résumé: La présente dissertation cherche à vérifier s’il y a un rapport entre la sécurité de
l’attachement et la qualité de l’intégration sensorielle chez l’enfant. A cet effet, un échantillon
de 40 paires maman/bébé, avec des enfants entre 11 et 18 mois, a été sélectionné. Pour évaluer
la qualité de l’attachement, mères et enfants ont été observés en contexte de Situation Étrange
(Ainsworth et al. 1978). Dix-sept (42,5%) enfants ont présenté un attachement sécurisant et
les autres 23 (57,5%) ont été classifiés comme insécures. La qualité de l’intégration sensorielle
chez l’enfant a été évaluée par le “Test of Sensory Functions in Infants” (DeGangi & Greenspan,
1989). Parallèlement, nous avons constaté qu’un score englobant quatre facteurs concernant
le milieu (le niveau socio-économique des parents; l’existence d’hospitalisations, le nombre de
frères, le lieu où l’enfant reste dans la journée) prédisait la sécurité de l’attachement manifesté
par l’enfant. Bien que le “Test of Sensory Functions in Infants” n’ait présenté aucune valeur
prognostique en ce qui concerne le type d’attachement, nous avons vérifié qu’une bonne
qualité dans le traitement de l’information sensorielle pourrait constituer un facteur de
résilience dans le processus de développement de l’attachement.