Author(s):
Ferreira, Cláudia Audrey Pereira
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.21/2773
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa
Subject(s): Direitos da criança; Institucionalização; Centro de acolhimento temporário; Infância; Rights of the child; Institutionalization; Temporary Residential Care Center; Childhood
Description
Dissertação de 2º Ciclo conducente ao grau de Mestre em Ciências da
Educação, especialização em Intervenção Precoce. A institucionalização de crianças e jovens é um fenómeno “novo-velho” que
tem vindo a ganhar uma maior visibilidade e densidade na vida social e académica,
sobretudo nas últimas décadas. Os contornos de discussão académica mas também
pública espelham a complexidade e a diversidade de posições face ao fenómeno e
seu estudo constitui um processo fundamental para compreender, no caso desta
investigação, a forma como os direitos destas crianças foram (ou não) promovidos e
garantidos em contexto de acolhimento institucional.
Com o presente estudo pretendeu-se dar voz a crianças institucionalizadas, de
forma a compreender como vivenciam os seus direitos tendo como pano de fundo
uma linha orientadora multidisciplinar que cruza a sociologia da infância e a
intervenção precoce. Para o efeito, partiu-se dos resultados obtidos com os discursos
de quatro crianças, entre os quarto e os sete anos de idade e da observação das rotinas
do Centro de Acolhimento Temporário (CAT), onde se realizou o estudo de caso,
situado na margem sul do Tejo. Considerou-se, ainda, que seria fundamental escutar
a equipa de colaboradores do centro de acolhimento em estudo, de forma a perceber
qual o seu olhar e os seus discursos relativamente aos direitos da(quelas) crianças.
As crianças participantes demonstraram não reconhecer a palavra direito,
embora identificassem diversos direitos ao dialogarmos sobre situações da vida
diária, que não lhes eram de todo desconhecidas pelas suas experiências e histórias
de vida. Por sua vez, os colaboradores revelaram não existir qualquer tipo de
formação sobre esta temática, bem como não deterem qualquer conhecimento
científico e legal sobre os direitos da criança mas reconhecem que a sua ação se
pauta por aqueles princípios. ABSTRACT
The institutionalization of children and young people is a phenomenon “new-old”
has been gaining greater visibility and density in the academic and social life, especially in
recent decades. The contours of public academic discussion but also reflect the complexity
and diversity of positions at the phenomenon and its study is to understand a fundamental
process in the case of this research, how the rights of these children were (or not) promoted
and guaranteed in the context host institution.
The present study was intended to give voice to institutionalized children, in order to
understand how they experience their rights having as its background a multidisciplinary
guideline that crosses the sociology of childhood and early intervention. To this end, we
started whit the results obtained with the speeches of four children, between the fourth and
seven years old and watching the routines Temporary Shelter, where they performed the case
study, located in Margem Sul do Tejo. It was felt also that it would be essential to listen to
the team of employees in the reception center study in order to understand what his look and
his speeches about the rights of those children.
The participating children demonstrated not recognize the right word, but indentify
several rights to dialogue about daily life situations, not all of them were unknown by their
experiences and life stories. In turn, employees have shown no any training on this issue, and
do not hold any legal and scientific knowledge about children’s rights but recognize that
their action is guided by those principles.