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Sistema de Informação Geográfica para gestão de resíduos florestais

Autor(es): Pedro, N. cv logo 1 ; Alegria, C.M.M. cv logo 2 ; Fernandez, P. cv logo 3 ; Monteiro, J.M. cv logo 4 ; Afonso, F. cv logo 5 ; Castanheira, I. cv logo 6

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/729

Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco

Assunto(s): Biomassa; SIG; krigagem


Descrição
Poster apresentado no II Encontro de Sistemas de Informação Geográfica que decorreu de 19 a 20 de Maio de 2011 na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A valorização dos resíduos florestais tem sido assumida como uma tarefa importante, com o objectivo de transformar um desperdício, com forte influência na proliferação de incêndios, numa matéria-prima susceptível de originar rentabilidade. O Estado Português para impulsionar esta valorização lançou em 2006 o concurso para atribuição de 15 centrais de biomassa. À margem deste processo o Estado permitiu ao grupo Altri/EDP a construção de 5 novas centrais. Com este plano previa-se atingir em 2010 um acréscimo de 250MW em potência instalada, correspondendo este incremento a um aumento anual de consumo de biomassa de cerca de 3 milhões de toneladas. O Sistema de Informação Geográfica (SIG) criado teve o objectivo de avaliar a sustentabilidade, durante 5 anos, de fornecimento de biomassa à central termoeléctrica a edificar em Proença-a-Nova. O raio de recolha de biomassa considerado foi de 30km em torno da central. O SIG criado foi construído em cinco etapas. A primeira consistiu no planeamento e realização do inventário florestal. Este realizou-se através de uma amostragem, em quadrícula, com 200 parcelas. A recolha de informação foi executada com vista a caracterizar os povoamentos adultos, a regeneração natural, os matos e as condições de acessibilidade, em particular o declive e a distância às vias de comunicação. As fontes identificadas de biomassa residual foram: (1) as pontas e ramos, e (2) a casca, nos povoamentos adultos de Pinheiro bravo e Eucalipto, (3) as varas cortadas na 2ª e 3ª rotação nos povoamentos de Eucalipto em talhadia (4) as árvores com dap<7cm na regeneração natural, (5) os matos em sub-coberto e (6) os resíduos das indústrias transformadoras da madeira. A segunda etapa consistiu no tratamento e organização hierárquica dos dados. A hierarquização teve o objectivo de permitir uma coincidência temporal nas intervenções silvícolas. Esta decisão tem como base o modelo de silvicultura definido para os povoamentos adultos. Desta forma, o sistema exige para uma dada localização que a intervenção na regeneração natural ou no estrato arbustivo esteja dependente temporalmente da intervenção requerida no povoamento adulto. A terceira etapa consistiu na selecção de equações de crescimento para os estratos amostrados. A simulação das variáveis caracterizadoras dos estratos foi realizada, sempre que possível, por equações de estimativa ajustadas à área em estudo. Depois de projectar o crescimento e identificados os anos de intervenção cultural procedeu-se ao cálculo anual de produção de resíduos para as parcelas consideradas. Na quarta etapa a produção anual de resíduos nas parcelas foi integrada na tabela de atributos do ArcGIS tendo-se procedido a uma krigagem ordinária como modelo de interpolação espacial. Esta distribuição espacial das produções foi, na última etapa do processo, combinada com o mapa de explorabilidade, mapa este resultante da agregação do declive do terreno com a distância às vias de comunicação. O SIG criado permitiu: (1) localizar espacialmente as intervenções culturais a efectuar, (2) estimar as quantidades de resíduos produzidos durante o período em análise, (3) associar as quantidades disponíveis às condições de exploração.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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