Autor(es):
Sequeira, Sofia Alexandra Almeida
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/2065
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Envelhecimento; Animação sociocultural; Centro de dia; Qualidade de vida; Satisfação com a vida; Intervenção
Descrição
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social. O nosso estudo insere-se no âmbito da intervenção em animação sociocultural e/ou socioeducativa para idosos, com a aplicação de um programa de atividades para as pessoas idosas de cinco centros de dia do concelho de Castelo Branco, designado por PIAS.
Portugal enfrenta um processo de envelhecimento demográfico acentuado. As modificações dos comportamentos demográficos repercutem-se, impreterivelmente nas estruturas populacionais de forma irreversível. O envelhecimento da população é, pois um fenómeno de dimensão ínfima, tendencialmente durável, irreversível e com efeitos em todas as sociedades.
A nossa investigação é de mais de teor qualitativo que quantitativo, ao ser descritiva e exploratória e, simultaneamente de investigação-ação pela aplicação do PIAS em centros que não tinham atividades de animação de forma continuada.
O problema que norteou a nossa investigação foi o seguinte: “Será que um Programa: de atividades em animação sociocultural (PIAS), aplicado a idosos de cinco centros de dia do concelho de Castelo Branco, melhora a sua satisfação, o seu estado de ânimo, as relações sociais e de convivência diária e consequentemente a sua qualidade de vida?”
A amostra do estudo foram N= 68 idosos, submetidos a uma análise estruturada, sistemática e estatística, desde variáveis sociodemográficas e de identificação, a aplicação do EQVF e ESV, entrevistas exploratórias (Pré), fichas de autoavaliação e entrevistas em grupo, além dos registos observacionais (observação natural e participante e entrevistas em profundidade). A amostra subdividiu-se em cinco grupos coincidentes com os centros (E1, E2, LA, LO, PR), não havendo diferenças entre eles, já que se tratam na sua maioria de idosas, viúvas, média de idades de 81 anos, vivem sozinhas nas suas moradias, analfabetas, pensionistas (subsídio de sobrevivência), trabalharam na agricultura e com um nível de independência aceitável. Todos esses idosos participaram nas atividades programadas do PIAS. Este programa foi validado pelas fichas, entrevistas, incluindo aos responsáveis e diretoras técnicas que acompanharam a realização do programa, de registos observacionais e notas de campo.
Consideramos que a qualidade de vida nos idosos está relacionada com a saúde com as relações do idoso com a família, com a convivência com as pessoas (parentes, amigos, vizinhos, funcionários), com a participação em tarefas/atividades que ocupem o seu quotidiano e que gostam de fazer, com a autonomia de fazerem, por si mesmo, uma vida o mais normalizada e independente possível, dentro das suas capacidades e/ou limitações no seu processo de envelhecimento.