Autor(es):
Santos, Cristina Calmeiro dos
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/1450
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Incêndio; Betão; Arrefecimento; Propriedades; Mecânicas; Residuais
Descrição
Tese de Doutoramento em Engenharia Civil apresentada à Faculdadede Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra As estruturas de betão têm em geral um bom comportamento ao fogo. No entanto, estas
estruturas podem ser afetadas, dependendo os seus danos da severidade do incêndio. A
diminuição da resistência dos elementos estruturais resulta fundamentalmente da degradação
das propriedades dos materiais betão e aço, devido às elevadas temperaturas a que estão
sujeitos. Se o conhecimento das propriedades mecânicas do betão sujeito a altas temperaturas
é já suficientemente completo o mesmo não se poderá dizer em relação às propriedades
mecânicas residuais. Assim, a investigação nesta área é de extrema importância para a
caracterização da resistência mecânica dos elementos após incêndio e para a tomada de
decisão sobre o método de reparação mais apropriado para os elementos.
Com o objetivo de contribuir para uma melhor compreensão do comportamento do betão
convencional submetido a elevadas temperaturas, foi estabelecido um programa experimental
para avaliação das suas propriedades mecânicas residuais após ciclos de
aquecimento/arrefecimento.
Neste sentido, o trabalho laboratorial realizado compreendeu ensaios de resistência à
compressão, resistência à tração direta, resistência à tração por compressão diametral,
resistência à flexão, módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson. Estudaram-se duas
composições de betão usadas na construção civil nacional, uma constituída por agregados
calcários e outra por agregados graníticos. Os diferentes provetes de betão foram submetidos
a dois tipos de arrefecimento (lento ao ar e brusco por jacto água), dois níveis de
carregamento (0,3fcd e 0,7fcd) e diferentes níveis de temperatura (20, 300, 500 e 700ºC).
Os resultados deste programa experimental mostram que a temperatura interfere
negativamente no comportamento residual do betão, verificando-se que a resistência dos
elementos diminui com o aumento da temperatura, podendo atingir uma perda quase total
para temperaturas acima dos 600ºC. De igual modo, deve-se atender ao processo de
arrefecimento aplicado, dado que quanto mais brusco este for maiores são os danos causados.