Autor(es):
Branco, Diogo
; Clemente, Paulo
; Pinheira, Vítor
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/1442
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Hemodiálise; Exercício; Funcionalidade; Qualidade de vida
Descrição
O envelhecimento é um processo biológico e psicológico que afeta os
indivíduos a nível pessoal, familiar e social. É um processo de perda gradual das
funções orgânicas. É considerado multi-dimensional e multifatorial, em que condições
crónicas são uma realidade, podendo originar incapacidade e restrição da participação
dos sujeitos. O exercício terapêutico apresenta-se como uma intervenção eficaz para a
redução e atraso dos efeitos da incapacidade associados ao envelhecimento. A
intervenção da fisioterapia em unidades de hemodiálise não é, ainda, uma realidade
comum, apesar de alguns estudos internacionais referirem a existência da mesma.
Inclusivamente, em Portugal, o Fisioterapeuta não consta na equipa de técnicos
recomendados para estas unidades. Objetivo: Pretendeu-se com esta intervenção
potenciar a funcionalidade e qualidade de vida dos utentes da Unidade de Hemodiálise
da ULSCB, EPE, através do exercício terapêutico. Metodologia: O programa de
intervenção envolveu 9 sujeitos de 69,67 ± 3,97 anos. A intervenção teve a duração de 5
semanas e frequência de 3 sessões/semana, durante as duas primeiras horas de
hemodiálise. A intervenção consistiu num conjunto de exercícios para os membros
superiores e inferiores com pesos livres, de evolução progressiva de acordo com a
capacidade física de cada participante. Foram ainda realizadas 3 palestras com uma
vertente de ensino aos sujeitos. Discussão: Como implicações para a prática, este
Programa de Intervenção obteve resultados ao nível da redução da dispneia, nível de
depressão, ansiedade e stress, e dor, bem como um aumento de conhecimentos dos
utentes sobre o exercício. De um modo geral, este programa promoveu melhorias nas
relações sociais e do bem-estar da população, nos cuidados de saúde prestados e ao
nível da funcionalidade dos participantes. O modelo pode ser facilmente adotado e
reproduzido por outras unidades de hemodiálise, em colaboração com profissionais e
serviços de fisioterapia.