Autor(es):
Gomes, M.E.P.
; Antunes, I.M.H.R.
; Neiva, A.M.R.
; Teixeira, R.J.S.
; Santos, A.
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/1085
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Minas abandonadas; scheelite; cassietrite; lagoas; contaminação de águas
Descrição
Na região mineira de Murçós, a exploração de scheelite e cassiterite em filões hidrotermais de quartzo com W>Sn ocorreu em quatro cortas a céu aberto e em galerais subterrâneas, entre 1948 e 1976. Como resultado da exploração mineira formaram-se três lagoas confinadas e permanentes, nas quais foram aplicadas técnicas de fitoremediação com macrófitas, entre 2005 e 2007. Os filões W>Sn de Murçós contêm essencialmente quartzo, moscovite, turmalina, scheelite, cassiterite, volframite, pirrotite, arsenopirite, pirite, esfalerite, calcopirite, galena, bismuto nativo, rara pirrotite e estanite, para além de minerais tardios como bismutinite, joseite, matildite, anglesite, zavaritskite, escorodite e roosveltite. A área mineira abandonada localiza-se próximo de zonas rurais, sendo as águas utilizadas na agricultura e algumas para consumo humano. As águas das lagoas de mina são ácidas, com elevados valores de condutividade eléctrica e de SO42-, Ca, Mg, Mn, Al, Zn, Sr, Ni e Co. Contudo, a maioria das águas da área apresentam baixos teores de metais, sendo classificadas como cálcio-sulfatadas e de tipo misto. Estas águas não devem ser usadas para consumo humano nem para a agricultura devido aos teores elevados de As, Fe, Mn, Al, Cd, Ni e SO42-.