Author(s):
Departamento de Epidemiologia
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/436
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Estados de Saúde e de Doença; Epidemiologia; Registo Nacional de Anomalias Congénitas; Prevalência de Anomalias Congénitas; RENAC; 2002-2007
Description
O Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC, ex-CERAC) é um registo
epidemiológico de base populacional, destinado a permitir a observação e a vigilância
epidemiológica da ocorrência de casos de anomalias congénitas em Portugal.
O RENAC recebe notificações de diversas origens, principalmente dos Serviços de
Obstetrícia e de Neonatologia dos hospitais portugueses, sendo registados todos os
casos com pelo menos uma anomalia major.
O Registo cobre todo os recém-nascidos vivos, cujas anomalias sejam detectadas até
ao final do período neo-natal, assim como os abortos espontâneos, os fetos mortos e
as interrupções médicas de gravidez, com pelo menos uma anomalia congénita.
O presente relatório abrange um período de 6 anos, compreendido entre 2002 e 2007,
em que a população sob vigilância variou entre o número máximo de 80840
nascimentos em 2002 e o número mínimo de 57088 nascimentos, em 2006,
representando, respectivamente, 76,8% e 57,2% de todos os nascimentos ocorridos
em Portugal.
A cobertura média no período sob vigilância foi de 66,6% do número total de
nascimentos ocorridos nos hospitais que notificaram para o RENAC, de acordo com as
estatísticas oficiais.
O número total de casos notificados neste período foi de 5815, com 8643 anomalias
congénitas. O número máximo de casos verificou-se em 2002, 1306 casos e o valor
mínimo, 684 casos, no ano 2006. O número máximo de anomalias registadas foi de
2062 anomalias, isoladas ou em associação, no ano 2002 e de 1009 anomalias, no
ano 2006.
A prevalência máxima observada foi de 233,6/10000 no ano 2002 e a mínima de
165,5/10000 no ano 2006. De entre todas as anomalias registadas, o grupo mais
frequente foi o das anomalias do aparelho circulatório (25,5%) a que correspondeu a
prevalência de 50,5 por cada 10000 nascimentos. Seguiram-se as anomalias do
sistema osteomuscular (20,7%; 40,9 casos por cada 10000 nascimentos) e do
aparelho urinário (14,5%; 28,7 casos por cada 10000 nascimentos).