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Co-relação entre perfil lipídico/risco cardiovascular e tipo de mutação em doen...

Autor(es): Alves, A.C. cv logo 1 ; Medeiros, A.M. cv logo 2 ; Bourbon, M. cv logo 3

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/375

Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde

Assunto(s): Doenças Cardio e Cérebro-vasculares


Descrição
A Hipercolesterolemia Familiar (FH) é uma doença autossómica dominante que se caracteriza a nível clínico por níveis elevados de LDLc, levando ao aparecimento prematuro de doenças cardiovasculares. A nível genético esta doença caracteriza-se por mutações em três genes: LDLR, APOB e PCSK9. O fenótipo de doentes com mutações nestes 3 genes é variável, estando descrito que doentes (dts) com mutações no gene PCSK9 apresentam um fenótipo mais grave e dts com mutação no gene APOB apresentam o fenótipo menos grave. Diferentes mutações no gene LDLR estão também associadas a diferentes fenótipos. Consequentemente o risco cardiovascular destes dts varia de acordo com a severidade do fenótipo apresentado por cada um. O objectivo deste estudo foi analisar o perfil bioquímico de dts com FH diagnosticada geneticamente de acordo com as mutações encontradas nos diferentes genes e com os diferentes tipos de mutações identificadas no gene LDLR para identificar se existe uma co-relação entre estas variáveis nos dts portugueses. Os parâmetros bioquímicos, colesterol total (CT), LDLc, HDLc, trigliceridos, ApoB e ApoAI) de 325 dts (225 adultos e 100 crianças) com FH foram analisados por SPSS, utilizando os testes ANOVA e de Tukey. Doentes com mutação no gene PCSK9 têm valores de CT e LDLc significativamente mais elevados do que dts com mutações nos restantes 2 genes. Não existe diferença significativa nestes parâmetros entre dts com mutações nos genes APOB e LDLR, embora todos os valores sejam mais elevados nos dts com mutações no gene LDLR. Doentes com mutações nonsense no gene LDLR apresentam valores de CT, LDLc e ApoB estatisticamente mais elevados do que dts com mutações missense. A comparação entre as outras categorias de mutações não revelou diferenças significativas nos parâmetros bioquímicos. Doentes com mutações no gene PCSK9 têm um fenótipo mais grave do que dts com mutações nos genes LDLR e APOB, tendo por esta razão um risco cardiovascular mais elevado. Nos dts portugueses com FH não foram observadas diferenças estatisticas significativas entre o fenótipo de dts com mutação nos genes LDLR e APOB. Doentes com mutações nonsense no LDLR que levam à não produção da proteína apresentam um fenótipo mais grave do que dts com mutações no gene LDLR que dão origem uma proteína que retêm alguma funcionalidade (mutações missense e splicing). O tipo de mutação (em diferentes genes ou diferentes mutações no LDLR) é importante para determinar o risco cardiovascular de cada doente.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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