Autor(es):
Branco, Maria João
; Nunes, Baltazar
; Contreiras, Teresa
Data: 2005
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/284
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Cuidados de Saúde; Cuidados preventivos; Saúde da Mulher; Neoplasia da mama; Neoplasia do colo do útero; Epidemiologia
Descrição
Objectivo: O ONSA realizou um estudo com o objectivo de estimar a prevalência de mulheres com exames de rastreio relacionados com os cancros da mama e do colo do útero na população de mulheres de 18 e mais anos, residentes em unidades de alojamento do Continente, com telefone fixo.
Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, em Julho 2004, a mulheres de 18 e mais anos, residentes nas unidades de alojamento (UA) que integram o painel ECOS (uma mulher/UA). Este painel é constituído por uma amostra de 1149 UA, com telefone fixo, com alocação homogénea, estratificada por Região de Saúde do Continente. As variáveis colhidas contemplaram idade, nível de instrução, ocupação e Região de Saúde de residência, realização de, pelo menos, uma mamografia e uma citologia cervical e respectivos intervalos de tempo de realização. Considerou-se com "prática preventiva adequada para o cancro da mama" as mulheres de 40 a 69 anos que tivessem realizado uma mamografia há dois ou menos anos. Considerou-se com "prática preventiva adequada para o cancro do colo do útero" as mulheres de 30 a 60 anos que tivessem realizado uma citologia cervical há três ou menos anos.
Resultados: Obtiveram-se 868 questionários válidos.
Relativamente aos principais resultados, poder-se-á concluir que as respondentes eram, na sua maioria, mulheres de 25-64 (67%), com um nível de instrução correspondente ao ensino básico (51%). As domésticas, reformadas e desempregadas corresponderam a 55% das respondentes.
Do total de mulheres inquiridas de 18 e mais anos, 27% nunca tinha realizado um mamografia e 38% nunca realizaram uma citologia cervical.
Identificaram-se 491 mulheres, pertencentes ao grupo etário dos 40-69 anos, que souberam referir o intervalo de tempo de realização da última mamografia. Destas, 80% tinha sido rastreada, no máximo, há 2 anos.
Identificaram-se 451 mulheres, pertencentes ao grupo etário dos 30-60 anos, que souberam referir o intervalo de tempo de realização da última citologia cervical. Destas, 71% tinham sido rastreadas há <3 anos. Os resultados apontam para a necessidade de melhorar a prática de detecção precoce, especialmente do cancro do colo do útero.