Autor(es):
Branco, Maria João
; Nunes, Baltazar
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/282
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Saúde do homem; Cuidados de saúde; Cuidados preventivos; Epidemiologia
Descrição
O Observatório Nacional de Saúde realizou um estudo com o objectivo de estimar a percentagem de homens da população portuguesa (Continente) com “práticas” relacionadas com medicina preventiva e que abaixo se discriminam.
O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no último trimestre de 2006. Foi utilizada uma amostra aleatória constituída por 1061 indivíduos do sexo masculino com ≥ 25 anos. Destes indivíduos, 969 foram recrutados na amostra ECOS, constituída por unidades de alojamento (UA), com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea e na qual foram seleccionadas as UA com pelo menos um elemento com aquelas características; 92 pertenciam ao conjunto de elementos de uma nova amostra ECOS-móvel, amostra de famílias, cujos elementos foram recrutados e entrevistados por telemóvel.
As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito às “práticas preventivas” em estudo.
Obtiveram-se 625 questionários válidos.
As percentagens estimadas foram as seguintes:
Ter médico assistente - 93%, nos indivíduos de ≥25 anos (623);
Exame periódico de saúde há um ano ou menos - 54%, nos indivíduos de ≥50 anos (404);
Reforço da vacina antitetânica há 10 ou menos anos - 62%, nos indivíduos de ≥25 anos (624);
Teste para o HIV/SIDA - 34%, nos indivíduos de 25-64 anos (420);
Medir a tensão arterial há dois ou menos anos - 96%, nos indivíduos de ≥25 anos que declararam não ter TA elevada (417);
Doseamento da glicemia há três ou menos anos - 83%, nos indivíduos de ≥45 anos que declararam não ter diabetes (380);
Doseamento da colesterolemia há cinco ou menos anos - 81%, nos indivíduos de ≥30 anos que declararam não ter colesterol elevado (366);
Toque rectal há um ano ou menos - 18%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter doença da próstata (256);
Teste PSA (antigénio específico da próstata) há um ano ou menos - 57%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter doença da próstata (256);
Pesquisa de sangue oculto nas fezes há dois anos ou menos - 17%, nos indivíduos de 50-74 anos que declararam não ter cancro colo–rectal (324)
Apesar das limitações metodológicas e da eventual imprecisão de alguns valores, estes resultados podem constituir indicadores de referência, úteis na fundamentação de programas de prevenção/intervenção