Author(s):
Branco, Maria João
; Nunes, Baltazar
Date: 2007
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/269
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Gripe; Estados de Saúde e de Doença
Description
O Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de caracterizar as práticas adoptadas perante a “gripe”/síndroma gripal, auto-referidas, pela população portuguesa do Continente.
O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no segundo trimestre de 2007, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1034 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Nestas unidades de alojamento residem 3030 indivíduos.
As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito às “práticas” face à “gripe”.
Obtiveram-se 952 questionários válidos.
As percentagens estimadas foram as seguintes:
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada obedecendo aos critérios de definição clínica de caso foi de 7%;
A taxa de ataque de “gripe” auto declarada, na época gripal de 2006/2007, foi de 21%, na totalidade de residentes das unidades de alojamento (2788);
A taxa de ataque de “gripe” auto declarada, na época gripal de 2006/2007, foi de 25%, nos respondentes ≥18 anos (952);
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que apresentaram um início repentino de sintomas foi de 43%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que apresentaram ≥3 sintomas foi de 86%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram contacto próximo com doente com “gripe” foi de 49%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram complicações devidas à “gripe” foi de 10%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram impacto nas actividades quotidianas, nomeadamente ter ficado em casa ou de cama foi de 45%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram ter consultado o médico foi de 51%;
Três (3) respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada referiram ter tomado antivirais específicos para a gripe;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram ter procurado aconselhamento junto do farmacêutico foi de 28%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram ter tomado medicamentos a conselho de outra pessoa foi de 3%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram ter tomado medicamentos por iniciativa própria foi de 36%;
A percentagem de respondentes (≥18 anos) com “gripe” auto declarada que referiram ter feito tratamentos caseiros foi de 52%;
A percentagem de residentes das unidades de alojamento com “gripe” que necessitaram de cuidados de assistência de terceiros na doença foi de 4% que implicou, em média, um absentismo de 7 dias.