Detalhes do Documento

Gastroenterite aguda em crianças internadas na área de Lisboa

Autor(es): Escobar, Carlos Gil cv logo 1 ; Silva, Tiago cv logo 2 ; Costa, Beatriz cv logo 3 ; Oliveira, Marisa cv logo 4 ; Correia, Paula cv logo 5 ; Ferreira, Gonçalo Cordeiro cv logo 6 ; Costa, Inês cv logo 7 ; Júlio, Cláudia cv logo 8 ; Rodrigues, João cv logo 9 ; Machado, Jorge cv logo 10 ; Marques, Adelaide cv logo 11 ; Simões, Maria João cv logo 12 ; Oleastro, Mónica cv logo 13 ; Brito, Maria João cv logo 14

Data: 2013

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/2177

Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde

Assunto(s): Gastroenterite; Pediatria; Etiologia; Rotavírus; Norovírus; Infecções Gastrointestinais


Descrição
Introdução: A Gastroenterite Aguda (GEA) é uma patologia com importante morbilidade sendo a segunda causa de internamento na idade pediátrica. Objetivo: Caracterizar a GEA, em crianças internadas em dois hospitais da área de Lisboa com diferentes características demográficas. Métodos: Estudo prospetivo de Maio 2011 a Junho 2012. Pesquisados potenciais agentes etiológicos por técnicas convencionais e de biologia molecular em amostras de fezes e analisados dados epidemiológicos e clínicos. Resultados: Total de 140 amostras de crianças com GEA com identificação do agente em 83,6%: 64,3% vírus, 27,9% parasitas e 21,4% bactérias. Os agentes mais frequentes foram rotavírus (26,4%), norovírus II (13,6%), enterovírus (12,1%), Microsporidia (11,4%), Escherichia coli (9,3%), Campylobacter jejuni (7,9%), Giardia sp. (5,7%), Cryptosporidium sp. (5%) e Salmonella sp. (4,3%). Coinfecções (2 ou mais agentes) em 40 doentes (28,6%). Mediana de idade de 1,4 anos (min-5 dias; max-17 anos) sendo a etiologia viral mais frequente abaixo dos 5 anos (p<0.01), com o rotavírus identificado em crianças mais jovens (média=1,7 anos). Dois picos sazonais: o rotavírus entre Janeiro e Março e norovírus entre Agosto e Outubro. Apenas 10 (7,1%) doentes estavam vacinados para rotavírus, mas nenhum com o esquema completo. A presença de sangue nas fezes (p=0.02) e a febre (p=0.039) foram mais frequentes na infeção bacteriana, os vómitos (p<0.01) e os sintomas respiratórios (p=0.046) na infeção por rotavírus. Registaram-se complicações clínicas em 50 doentes (35,7%): desidratação (47), invaginação íleo-cecal (1), adenite mesentérica (1) e apendicite fleimonosa (1). Conclusão: Os vírus são os agentes mais frequentes de GEA sobretudo na criança pequena (idade <5 anos), sendo o rotavírus e norovírus os principais agentes. O número de coinfecções foi significativo mas não se associou a maior morbilidade. A ausência de identificação de agente em alguns casos pode refletir a necessidade de outros meios diagnósticos ou a existência de agentes ainda desconhecidos.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo

Documentos Relacionados



    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento União Europeia