Author(s):
Froes, Filipe
; Diniz, António
; Falcão, Isabel
; Nunes, Baltazar
; Catarino, Judite
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/213
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Gripe pandémica; Óbitos; Mortalidade; Estados de Saúde e de Doença
Description
Procedeu-se à análise dos 124 óbitos notificados em
Portugal por gripe pandémica A (H1N1) 2009 no
período de Abril de 2009 a Março de 2010. A taxa de
mortalidade estimada foi de 1,17/100.000 habitantes.
Cerca de 60% dos falecidos eram do sexo masculino,
a idade média foi de 47,6 anos e 66,7%
apresentavam, pelo menos, um factor de risco para
doença grave. As doenças pulmonar e cardíaca
crónicas foram os factores de risco mais prevalentes,
identificados em 24,7% e 20,7% dos casos,
respectivamente. Mais de ¾ dos doentes foram
internados em Unidades de Cuidados Intensivos
(UCI). A pneumonia viral primária foi a principal causa
de morte, diagnosticada em 79,7% dos doentes.
Constatou-se haver diferença estatisticamente
significativa em relação à distribuição da causa de
morte nos grupos dos indivíduos com e sem factores
de risco (p=0.048). Estimaram-se em 2 853 os anos
potenciais de vida perdidos, o que equivale a 30,8
anos por 100.000 habitantes.
Os valores encontrados são comparáveis, na
generalidade, com os encontrados noutros países
com o mesmo nível de desenvolvimento. Em futuras
circunstâncias semelhantes deverá ser equacionada a
notificação obrigatória dos casos de maior gravidade.