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Hipotiroxinemia em recém-nascidos pré-termo

Autor(es): Moreira, Amélia cv logo 1 ; Neves, Joana cv logo 2 ; Vilarinho, Laura cv logo 3 ; Osório, R. Vaz cv logo 4 ; Oliveira, Pedro cv logo 5 ; Costeira, Maria José cv logo 6

Data: 2010

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/176

Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde

Assunto(s): Hipotiroxinemia; Prematuridade; Morbilidade neonatal; Rastreio neonatal; Doenças Genéticas


Descrição
Introdução: A hipotiroxinemia é a disfunção tiroideia mais frequente em recém-nascidos prematuros e foi implicada em défices do neurodesenvolvimento e aumento da morbimortalidade perinatal. Pode ser definida por níveis sanguíneos de tiroxina total (T4T) dois desvios-padrão (DP) abaixo da média, ou abaixo de um limiar de 6 μg/dL, com tirotropina (TSH) normal ou baixa. Objectivos: Determinar a prevalência da hipotiroxinemia e correlacioná-la com a morbilidade neonatal durante as primeiras semanas de vida. Métodos: Estudo retrospectivo que incluiu os neonatos consecutivos com peso de nascimento ≤ 1500 g e/ou idade gestacional ≤ 30 semanas, de Janeiro de 2006 a Setembro de 2007. Foram excluídos os nados em outras instituições ou falecidos antes dos três dias de vida. Foram analisados os processos clínicos. O rastreio metabólico (incluindo TSH e T4T) foi efectuado ao 3º e ao 15º dia de vida. Resultados: Foram incluídos 38 recém-nascidos (idade gestacional: 28 ± 2,3 semanas, peso ao nascimento: 1133 ± 254 gramas). Os valores de T4T (no 3º dia) foram de 5,53 ± 3,17 μg/dL e correlacionaram-se positivamente com a idade gestacional e peso. Não se encontrou correlação com a TSH. No 3º dia de vida, 60,5% dos recém-nascidos apresentaram T4T <6 μg/dL, com TSH normal ou baixa. Em relação ao resto da amostra, os prematuros com valores mais baixos de T4T evidenciaram diferenças significativas quanto a períodos de internamento mais longos, ventilação durante mais tempo e mais alterações na ecografia transfontanelar. Conclusões: Encontrou-se elevada prevalência de hipotiroxinemia em prematuros e associação com pior prognóstico neonatal. Assim, impõe-se a necessidade de estudos mais alargados e da avaliação sistemática da função tiroideia, por exemplo pela repetição do rastreio às duas semanas de vida. Background. Hypothyroxinemia is the most common thyroid dysfunction in preterm babies and it has been linked to neuro - developmental deficits and increased perinatal mortality and morbidity. It can be defined as blood total thyroxine (TT4) levels below two standard deviations (SD) under the mean, or under a cut-off value of 6 μg/dL, with normal or low thyro - tropin (TSH). Aims. Assess the prevalence of hypothyroxinemia and correlate it to neonatal morbidity during first weeks of life. Methods. Retrospective study including consecutive neonates with birth weight ≤ 1500 g and/or gestational age ≤ 30 weeks, between January 2006 and September 2007. We excluded those born in other institutions or deceased before 3 days of life. Clinical data recorded were analysed. Metabolic screening (including TSH and TT4) was performed at day three and day fifteen. Results. Were enrolled 38 newborns (gestational age: 28 ± 2.3 weeks, birth weight: 1133 ± 254 grams). TT4 levels (on day 3) were 5.53 ± 3.17 μg/dL. TT4 correlated positively with gestational age and birth weight but not TSH. TT4 levels < 6 μg/dL, with normal or low TSH, were found in 60.5% of the babies in day three. Comparing with the others, preterm infants with lower levels of TT4, had significantly longer periods of hospitalization, more days in ventilation and more cerebral US scan abnormalities. Conclusions. We found high prevalence of hypothyroxinemia of prematurity and association with bad neonatal prognosis. So a sufficiently powered study is required and also routine assessment of preterm thyroid function, for example by the recall of a second screening at two weeks of life.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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