Autor(es):
Paixão, Eleonora
; Branco, Maria João
; Rodrigues, Emanuel
; Marinho Falcão, José
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/1036
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Antibacterianos; Prescrição; Terapêutica; Médicos de Família; Rede Médicos-Sentinela; Cuidados de Saúde
Descrição
Objectivos: Comparar a prescrição de cefalosporinas e quinolonas pelos médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF), participantes
da Rede Médicos-Sentinela (MS), em 2007, com a observada num estudo semelhante realizado em 2001, estimando:
i) o número de antibacterianos (AB) prescritos por 1.000 utentes; ii) a percentagem de prescrições de cefalosporinas; e iii) a percentagem
de prescrições de quinolonas.
Tipo de estudo: Observacional, descritivo, transversal.
Local: Centros de Saúde de Portugal onde trabalham os médicos da Rede MS.
População: Lista de utentes dos médicos da Rede MS.
Métodos: O estudo foi realizado no âmbito da Rede MS que permite estimar indicadores de base populacionais. A notificação
das prescrições de AB decorreu em 2001 e em 2007. Foram calculados índices de frequência anual da prescrição de AB (nANTI
= número de prescrições de AB por 1.000 indivíduos), desagregados por sexo e idade.
Resultados: Foram estudadas 12.184 prescrições de AB em 2001 e 9.034 em 2007, relevando-se: o número de prescrições de
cefalosporinas por 1.000 utentes, assim como a percentagem de prescrição no total de prescrições de AB, foram menores em
2007 relativamente a 2001 (respectivamente, nANTI = 8,2 e 10,1%, em 2007 e nANTI = 11,1 e 11,9%, em 2001); o número de
prescrições de quinolonas por 1.000 utentes foi menor em 2007 relativamente a 2001 (respectivamente, nANTI = 13,2 e nANTI
= 14,2) mas a percentagem de prescrição no total de prescrições de AB foi maior em 2007 do que em 2001 (respectivamente,
16,2 e 15,3%).
Conclusões: O número de prescrições de cefalosporinas e de quinolonas por 1.000 utentes foi menor em 2007 relativamente
a 2001. De 2001 para 2007, a percentagem de prescrição foi menor nas cefalosporinas mas superior nas quinolonas. O grupo
etário dos 75 e mais anos registou um aumento em 2007, quer nas cefalosporinas, quer nas quinolonas, sendo este aumento
estatisticamente significativo neste último subgrupo.