Author(s):
Paulino, M
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.10/1102
Origin: Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
Subject(s): Emoções
Description
As emoções são estados afectivos de curta duração,
com sintomatologia vegetativa concomitante,
desencadeadas por uma percepção
externa ou interna. Existem emoções primárias
ou universais (alegria, tristeza, medo, cólera,
surpresa, aversão), emoções secundárias
ou sociais (compaixão, embaraço, vergonha,
culpa, desprezo, ciúme, inveja, orgulho, admiração)
e emoções de fundo (bem-estar, mal-
-estar, calma, tensão).
As emoções são programas complexos de
acções modeladas pela evolução. As acções são
completadas por um programa cognitivo, mas
o mundo das emoções é sobretudo um mundo
de acções levado a cabo no nosso corpo, desde
as expressões faciais e posições do corpo até às
mudanças nas vísceras e meio interno.
Pode-se considerar a emoção como um sistema
de valores primários do cérebro, levando
a que certas activações sejam selectivamente
reforçadas.
Nas entrevistas clínicas somos muitas vezes
levados a passar da linha do discurso verbal,
das ideias, para a linha do discurso emocional.
Podemos utilizar as nossas próprias emoções
ou sensações como forma de detectar discrepâncias
ou incongruências na relação, provavelmente
entre os canais de comunicação
verbal, não-verbal e empático.
Carl Rogers deu um contributo importante à
psicoterapia com a sua experiência do aceitar
incondicionalmente o cliente, aquele que vem
para ser ouvido, tendencialmente sem preconceitos
e sem juízos de valor. Uma sensação,
uma emoção, um raciocínio eram aceites com
a mesma atenção, cuidado e respeito.
As formas de expressão e a configuração exacta
dos estímulos que podem induzir uma emoção
são diversas nas diferentes culturas e indivíduos,
mas o que impressiona é a semelhança.