Autor(es):
Brantes, A
; Antunes, L
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.10/1012
Origem: Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
Assunto(s): Recém-nascido; Oxigenoterapia; Cuidados de enfermagem
Descrição
Introdução: A importância do tema, a oxigenoterapia no recém-nascido (RN), prende-se com a utilização cada vez mais frequente do oxigénio (O2) nas unidades de cuidados intensivos e intermédios de neonatologia. A par com o desenvolvimento de novos dispositivos de administração de oxigénio existe a preocupação da morbilidade e mortalidade, pela sobrevivência de prematuros com idades gestacionais cada vez menores.
O oxigénio, por si só, é um medicamento e o seu uso banalizado e indevido tem efeitos secundários e complicações que importam esclarecer, especialmente para os recém-nascidos prematuros. Apesar das inovações cientifico-tecnológicas, nem sempre a utilização do material é a correcta, sujeitando o recém-nascido (prematuro (Pt) ou doente) a exposições elevadas de oxigénio e/ou dispositivos inadequados para a sua situação clínica, minorando o efeito da oxigenoterapia e prolongando o seu tratamento.
Objectivos:
-Uniformizar os cuidados de enfermagem
-Justificar o uso dos diversos dispositivos
-Adequar o uso do oxigénio às necessidades do recém-nascido
Métodos: pesquisa bibliográfica em bases de dados como a Medline e a Pubmed.
Resultados: A administração de oxigénio nos recém-nascidos requer uma selecção dos dispositivos de administração de oxigénio de acordo com o peso, necessidades e os objectivos da administração. Durante a administração do oxigénio, independentemente do dispositivo utilizado, tem de se ter vários cuidados uma vez que, como qualquer terapêutica, esta também acarreta efeitos colaterais se administrada de forma incorrecta e indiscriminada. Nas unidades de neonatologia os dispositivos mais utilizados são os óculos nasais e a administração de O2 na incubadora. Estes implicam cuidados especializados não só para prevenir efeitos secundários como a retinopatia da prematuridade (ROP) e o stress oxidativo, mas também na prevenção das infecções, uma vez que estas representam uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no período neonatal.
Cada vez mais é peremptório cuidados de enfermagem diferenciados, adequados e individualizados ao RN no período neonatal.
Conclusões: De acordo com a literatura consultada, ainda não há um consenso relativamente às concentrações de O2 a administrar e consequências das mesmas. É por isso imperativo que o enfermeiro conheça os cuidados gerais na oxigenoterapia mas também as especificidades de cada dispositivo utilizado neste período de vida concreto (Neonatal). É necessária a consciência que o oxigénio é um medicamento e como tal tem efeitos secundários, que poderão ser irreversíveis.