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Globalização e saúde mental - Novos desafios do Cuidar

Autor(es): Monteiro, Ana Paula Teixeira de Almeida Vieira cv logo 1

Data: 2014

Origem: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Assunto(s): Saúde mental; Enfermagem; Migrações; globalização política; económica e cultural;


Descrição
Introdução: A globalização é um processo complexo e multidimensional, com um profundo impacto na saúde mental e no bem-estar psicológico dos indivíduos e comunidades, à escala local e global. Objectivos: O objectivo deste artigo é contribuir para uma contextualização reflexiva sobre o fenómeno da globalização nas suas várias escalas e componentes (globalização económica, cultural, tecnológica), incluindo os fluxos migratórios transnacionais. Metodologia: Revisão integrativa de literatura. Resultados: As questões de saúde mental relacionadas com os fenómenos de globalização implicam novos paradigmas de intervenção e desafios na área da enfermagem de saúde mental. A globalização tem impactos concretos na praxis clínica de Enfermagem de Saúde Mental de múltiplas formas muito concretas. Aumentou a diversidade étnica e cultural dos utilizadores dos serviços de saúde mental, assim como a multiplicidade de representações culturais, crenças e práticas sobre saúde mental ou os modos de exprimir sintomas de mal-estar psicológico dos utentes.As mudanças aceleradas em termos socioeconómicos, estilos de vida, comportamentos, urbanização acelerada, alterações nos mercados de trabalho e a pobreza estão a aumentar a incidência de patologia psiquiátrica, o que vem colocar novos desafios e uma grande pressão de procura aos próprios serviços de saúde. Por sua vez, os processos migratórios transnacionais e a noção de mestiçagem podem ser integrados em experiências concretas do cuidar em enfermagem, sobretudo nos processos de transição. Conclusões: Os contextos inerentes ao processo de globalização e à modernidade tardia têm repercussões ao nível da Saúde Mental dos indivíduos e das comunidades, particularmente quando estão imbrincados em fenómenos de mobilidade humana como é o caso das migrações internacionais. A necessidade de cuidar em contextos multiculturais implica uma reconfiguração organizacional das unidades prestadoras de saúde mental. A formação e desenvolvimentos de competências culturais na prática especializada de enfermagem de saúde mental é uma das exigências prementes, tanto mais que os enfermeiros estão na primeira linha na prestação de cuidados culturalmente sensíveis e no contacto com grupos populacionais mais vulneráveis.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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