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MENÇÕES SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL. Nos Registos Clínicos de Doentes Hospitaliz...

Autor(es): MATOS, L. cv logo 1 ; TEIXEIRA, M.A. cv logo 2 ; HENRIQUES, A. cv logo 3 ; TAVARES, M.M. cv logo 4 ; ÁLVARES, L. cv logo 5 ; ANTUNES, A. cv logo 6 ; AMARAL, T. cv logo 7

Data: 2007

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.16/827

Origem: Repositório Científico do Centro Hospitalar do Porto


Descrição
Está descrito que a frequência de desnutrição associada à doença (DAD) afecta cerca de 30 a 60% dos doentes no momento da admissão hospitalar e cerca de 10% dos indivíduos na comunidade. A DAD tem vindo a ser associada a graves consequências, como ao maior risco de infecções e de disfunção de órgãos e a um aumento significativo, não só da morbilidade e mortalidade, como da frequência e dos custos com os cuidados de saúde. A falta do reconhecimento e da monitorização dos aspectos relacionados com o estado nutricional, têm sido apontados como factores que contribuem para o aumento da frequência de DAD, durante o internamento hospitalar. Foi objectivo deste estudo avaliar a relevância que é dada a aspectos relacionados com o estado nutricional dos doentes (peso, ingestão alimentar) e saber se os doentes em risco nutricional ou desnutridos serão alvo de maior atenção por parte dos profissionais de saúde. Foi recolhida uma amostra sistemática de seis hospitais portugueses, correspondente a 42-50% do total de camas de cada serviço de internamento. Foram critérios de exclusão a doença crítica, a gravidez, a idade inferior a 18 anos, a incapacidade de aplicação do protocolo de rastreio nutricional e o tempo de internamento inferior a 24h. Recolheram- se dados sócio-demográficos, antropométricos, sobre as menções dos processos clínicos respeitantes ao peso, cuidados alimentares/nutricionais prestados e ingestão alimentar/nutricional dos doentes e aplicou-se uma ferramenta de rastreio nutricional (Nutritional Risk Screening 2002). Em 1152 doentes estudados, a frequência de risco nutricional variou entre os 28,5% e 47,3%, enquanto que a frequência de desnutrição antropométrica oscilou entre 6,3% e 14,9%. Dois em cada três doentes tinha menções acerca de cuidados alimentares/ nutricionais prestados nos processos clínicos, mas apenas um em cada três tinha o seu peso medido e registado. Os doentes desnutridos foram pesados com menor frequência mas a sua alimentação e problemas a ela associados foram monitorizados com maior regularidade. A frequência de DAD, no momento de admissão hospitalar, é muito elevada, enquanto que a de menções relevantes para o estado nutricional é muito escassa. A presente investigação reforça a necessidade de investir na sensibilização dos profissionais de saúde, sobre a importância do rastreio e da prescrição/monitorização da alimentação e do peso dos doentes, na admissão e durante todo o internamento hospitalar.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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