Autor(es):
Ferreira, V.
; Vaz, I.
; Reis, A.
; Mendes, M.J.
; Rodrigues, M.C.
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.16/1551
Origem: Repositório Científico do Centro Hospitalar do Porto
Assunto(s): Congenital malformation; prenatal diagnosis; single umbilical artery; ultrasonography; Artéria umbilical única; diagnóstico prénatal; ecografia; malformações congénitas
Descrição
ABSTRACT
Introduction: The presence of a single umbilical artery
(SUA) is recognised as a soft marker for congenital anomalies,
aneuploidy, earlier delivery and intra-uterine growth restriction
and/or low birth weight. The aim of this study was to assess the
incidence of SUA in a selected population. And secondly, to examine
the clinical significance of this soft marker.
Material and methods: A retrospective analysis, over a
36-month period, of all cases of pregnancy interruption due to
medical causes, up to 16 weeks of gestation, with prenatal diagnosis
of SUA; cases of live born with a prenatal diagnosis of SUA
or after delivery, at the routine examination of the placenta. Fetal
growth and the risk of preterm labor are also to consider in the
surveillance of these pregnancies.
Results: Thirty nine cases of SUA were identified during
the study period. Incidence of SUA in live born was 0.32% (n=30)
and in pregnancy interruption due to medical causes was 12.9%
(n=9). The antenatal detection rate was 77%. This ecographic
soft marker was an isolated finding in 27 live born (90%). In live
born with SUA and associated malformations (13.3%), urinary
abnormalities were identiÞ ed in three cases (75%), and a skeletal
with esophageal malformation was identified in one case (25%).
Preterm birth occurred in seven cases (23.3%) and birth weight
below 10th percentile in four cases (13.3%).
Discussion and conclusions: The presence of SUA in
antenatal period should alert the sonographer and clinician for
the need of a detailed examination of the fetus to exclude other
anomalies. Fetal growth and the risk of preterm labor are also to
consider in the surveillance of these pregnancies. RESUMO Introdução: A presença de artéria umbilical única (AUU) é um marcador ecográfico associado a malformações, aneuploidias, parto pré-termo e restrição de crescimento intra-uterino e/ou baixo peso ao nascimento. Este estudo tem como objetivo determinar a incidência de AUU numa população selecionada e verificar qual o significado clínico deste marcador ecográfico. Material e métodos: Análise retrospetiva, durante um período de 36 meses, dos casos de interrupção médica da gravidez, acima das 16 semanas, com diagnóstico pré-natal de AUU; casos de recém-nascidos com diagnóstico pré-natal de AUU ou após o parto, através do exame da placenta. Resultados: Foram identificados 39 casos de AUU durante o período de estudo. A incidência de AUU nos recém-nascidos e nos casos de interrupção médica da gravidez foi de 0,32% e 12,9%, respetivamente. A taxa de deteção pré-natal foi de 77%. Este achado ecográfico ocorreu isoladamente em 27 casos de recém-nascidos (90%). Nos recém-nascidos com AUU e outras malformações associadas (13,3%), foram identificadas malformações
do sistema urinário em três casos (75%) e malformação
esquelética associada a malformação esofágica em um caso
(25%). Ocorreu parto pré-termo em sete casos (23,3%) e peso
ao nascimento abaixo do percentil 10 em quatro casos (13,3%)
Discussão e conclusão: A deteção pré-natal de AUU deve
alertar o ecografista e o clínico para o fato do feto necessitar
de uma avaliação ecográfica detalhada a fim de excluir outras
anomalias. O crescimento fetal e o risco de parto pré-termo, são
também de considerar na vigilância destas gestações.