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Tratamento Suboclusivo por via transvenosa de fístulas arteriovenosas durais

Autor(es): Pinto, P. cv logo 1 ; Moreira, B. cv logo 2 ; Alves, V. cv logo 3 ; Caixeiro, T. cv logo 4 ; Stocker, A. cv logo 5 ; Cruz, R. cv logo 6 ; Xavier, J. cv logo 7

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.16/1354

Origem: Repositório Científico do Centro Hospitalar do Porto


Descrição
Introdução: As fístulas arteriovenosas durais (FAVd) são usualmente adquiridas e quando apresentam drenagem venosa cortical estão associadas a um risco elevado de hemorragia. Podem ser tratadas por embolização (transarterial ou transvenosa), cirurgicamente ou pela combinação das duas técnicas. A embolização por via transvenosa induz uma trombose iatrogénica do seio venoso, acarretando risco de enfarte venoso e/ou hemorragia. Objectivo: Rever os casos de FAVd do seio lateral submetidas a embolização transvenosa. O nosso principal objectivo é avaliar a eficácia e a morbilidade deste tipo de tratamento e o segundo é discutir as possíveis vantagens de uma abordagem suboclusiva na primeira sessão de tratamento. Resultados: Os autores apresentam seis casos clínicos de FAVd, cujas formas de apresentação foram: diminuição da acuidade visual (3); sopro pulsátil no ouvido (3); cefaleias (2); hemorragia subaracnoideia (1); hipoacusia subjectiva (1); edema da papila (1); défice motor (1). Angiograficamente: Cognard IIa (3), IIab (2) e IV (1), todas com envolvimento dos seios laterais. As principais aferências eram: ACE ipsilateral (6); ACI ipsilateral (6); AV ipsilateral (6); ACE contralateral (5); AV contralateral (5); ACI contralateral (3); ACP ipsilateral (1). O tratamento inicial foi sempre a abordagem transarterial, com resultados angiográficos aceitáveis, embora transitórios. Posteriormente optou-se pela via transvenosa com preenchimento do seio lateral com GDC coils. Em cinco dos doentes decidiu-se pela suboclusão, com persistência de algumas aferências. Em quatro, a angiografia subsequente demonstrou trombose “espontânea” do seio lateral com resolução clínica e angiográfica da doença. Num deles a trombose ocorreu ainda durante a sessão inicial. Todos os procedimentos decorreram sem complicações e nenhum dos doentes desenvolveu novos défices neurológicos focais. Conclusões: A abordagem transvenosa das FAVd obteve um sucesso técnico e clínico assinalável, sem presença de complicações. Pensamos que a suboclusão do seio venoso com coils poderá induzir menor alteração hemodinâmica aguda, possibilitando uma trombose mais lenta, diminuindo o risco de complicações, mas com resolução angiográfica ulterior da FAVd.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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