Author(s):
Telles-Correia, D
; Mega, I
; Barbosa, A
; Barroso, E
; Monteiro, E
Date: 2008
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.17/625
Origin: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Subject(s): Adaptação Psicológica; Modelos Psicológicos; Transplantação de Órgãos
Description
O desenvolvimento teórico dos Mecanismos de Coping (MC) tem como base uma dialéctica
relacionada com os seus principais factores determinantes: individuais e situacionais (na
base das duas abordagens do coping: disposicional e constitucional).
Actualmente a classificação dos MC mais utilizada é baseada em duas dimensões: coping
focado na emoção, e coping focado na resolução de problemas.
Considera-se essencial que os métodos de classificação dos MC tenham em conta a coexistência de elementos disposicionais estáveis com uma variabilidade situacional dos MC.
São abordados alguns instrumentos de medição de coping, baseados em diferentes pressupostos teóricos.
O coping pode influenciar a saúde através de vários mecanismos (sistema neuroendócrino,
comportamentos relacionados com os riscos para a saúde e adesão terapêutica) e é incluído em dois dos principais modelos teóricos de saúde (Moos & Schaefer e modelo de Leventhal).
Com base numa revisão da literatura, concluiu-se que os estilos de coping mais prevalentes no pré transplante foram: aceitação, coping activo, e procura de suporte, sendo os menos utilizados: auto culpabilização e evitação. No pós transplante o coping activo e procura
de suporte continuam a ser os estilos de coping preferenciais, a par da confrontação,
autoconfiança, recurso à religião e coping focado no problema.
Os estilos de coping (Evasivo, Emotivo, Fatalistico) estão associados a uma menor capacidade de controlo pessoal sobre a doença, a confrontação a uma maior qualidade de vida, o evitamento à redução da qualidade de vida e ao aumento dos níveis de depressão
e a negação ao aumento da não adesão.
A compreensibilidade, a sensação de controlo sobre a doença, os estilos de coping
«relacionados com a expressão dos afectos» e a negação variam ao longo da evolução do
doente transplantado.