Autor(es):
Telles-Correia, D
; Barbosa, A
; Mega, I
; Barroso, E
; Monteiro, E
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.17/622
Origem: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Assunto(s): Modelos Estatísticos; Transplantação de Órgãos; Cooperação do Doente; Questionários
Descrição
Com base na literatura existente abordam-se os principais aspectos psiquiátricos
relacionados com a adesão no transplante.
Projectam-se vários modelos teóricos que podem ser utilizados no âmbito da adesão,
entre os quais se destacam o modelo da hipótese cognitiva da adesão (Ley), o modelo
de crenças da saúde (Rosenstock, Becker) e o modelo de autoregulação de Leventhal
e propõe-se um modelo que se adequa ao doente transplantado.
Não sendo possível uma classificação mono dimensional da adesão, consideraram-se
várias características como a temporalidade (inicial, intermédia ou contínua), a
frequência (ocasional, intermitente, persistente ou completa), a motivação (acidental, vulnerável ou decidida) e a certeza diagnóstica (definitiva, provável, possível ou pouco provável).
Dos métodos para a medição da adesão podemos classificá-los como directos:
observação directa da toma dos comprimidos, medição da concentração de fármaco no
sangue, uso de marcadores incorporados nos comprimidos e de embalagens
electrónicas; e indirectos: autorelato do doente, relato do médico assistente. Sugerese
aquele que mais se adequa ao doente transplantado.
A não adesão em doentes transplantados é muito frequente sendo a sua prevalência
média de 25,28% e pode ser influenciada por diversos factores nomeadamente,
demográficos (idade, estado civil, sexo, raça e nível socioeconómico), psiquiátricos e
psicológicos (depressão, perturbações de personalidade, atraso mental, alcoolismo,
crenças da doença, locus de controlo) e outros (custo da medicação, história de
transplante prévio).