Autor(es):
Constantino, César Augusto Simões
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/7378
Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto
Assunto(s): CIÊNCIAS EMPRESARIAIS; Porto
Descrição
Ciências Empresariais Master Programme in Management Sciences O desporto, em geral, e o futebol, em particular, atingiram uma dimensão de negócio-espectáculo nos últimos anos, a qual não só é amplamente reconhecida pela sociedade como é também um reflexo desse mesma sociedade. A análise da evolução do desporto ao longo do tempo demonstra efectivamente a íntima relação existente entre o ambiente social e a actividade desportiva.
O futebol que no início do século XX era praticado a título amador, desenvolveu-se de tal forma que hoje representa uma indústria que movimenta milhões de euros, onde os jogadores constituem os seus maiores valores. O nascimento das sociedades anónimas desportivas resultou da necessidade de dar expressão à crescente complexidade do fenómeno desportivo.
Com efeito, a necessidade de tratar contabilisticamente elementos que até antes não haviam merecido a devida atenção da contabilidade, como é o caso dos novos activos intangíveis, nomeadamente dos direitos sobre os jogadores de futebol, criou novos problemas.
Os direitos desportivos de jogadores adquiridos externamente (isto é, a outros clubes) e os direitos desportivos de jogadores desenvolvidos internamente (formados nas escolas dos clubes), contribuem de forma semelhante para a sociedade anónima desportiva, no entanto, as normas contabilísticas propõem diferentes tratamentos para cada uma das situações.
A análise das Demonstrações Financeiras das principais sociedades anónimas desportivas de Portugal, nomeadamente do Porto, Sporting e Benfica, em conjunto com os resultados do inquérito realizado aos clubes que participam nas competições profissionais portuguesas da Super Liga e Segunda Liga, sobre as práticas contabilísticas relativamente à contabilização dos jogadores de futebol, permitiu concluir pela heterogeneidade de tratamentos sobre as mesmas realidades, o que prejudica a comparabilidade das Demonstrações Financeiras deste sector de actividade.