Author(s):
Henriques, Isabel
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10216/72786
Origin: Repositório Aberto da Universidade do Porto
Subject(s): Linguística portuguesa; Fricativa coronal
Description
A presente dissertação tem como objetivo central determinar qual o estatuto prosódico das fricativas coronais, que são, por vezes, encaradas como especiais e com características particulares (cf. Miguel, 1993:201; Kenstowicz, 1994: 258; Kaye, 1996:173; Bertinetto, 1999: 99; Parker, 2002: 9; Tifrit, 2005: 230; Sanoudaki, 2007:6-47; Cardoso, 2008:19; Hermes et. al., 2008: 433) em determinados contextos prosódicos, nomeadamente, na posição que ocupam na estrutura interna da sílaba quando se encontram em início de palavra foneticamente e antes de uma oclusiva, uma vez que, de acordo com o Princípio de Sonoridade (Selkirk, 1982; 1983) e a Condição de Dissemelhança, não é permitida a sequência de fricativa e obstruinte tautossilábica. Assim, esta dissertação tem como intuito especificar o caráter mágico (Kaye, 1996) e especial das fricativas coronais em posição inicial de sílaba foneticamente. De acordo com o referido autor, a fricativa coronal subespecificada (/S/) viola as regras fonotáticas quando seguida de obstruinte em início de palavra, sendo-lhe atribuído um estatuto especial para justificar essa violação. Com este objetivo em mente, consideramos importante debruçarmo-nos sobre os seguintes pontos: i) identificar as características das fricativas (capítulo 1); ii) estudar a sílaba, seus constituintes, formatos e regras (capítulo 2) iii) analisar dados/estudos relativos à aquisição fonológica (capítulo 3); iv) comparar e analisar as diferentes propostas existentes (capítulo 4); v) confrontar propostas para diferentes línguas (capítulo 5); vi) selecionar uma proposta explicativa (capítulo 6).[...]