Autor(es):
Silva, Sónia Castorina Teixeira da
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/68661
Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto
Assunto(s): Línguas - Aprendizagem
Descrição
Se me perguntassem o que é estar motivado, eu diria que é estar contente por fazer alguma coisa. Porém, como encontramos esse contentamento? Porque há algo, nessa atividade que nos emociona, que nos chama a atenção, que nos faz querer ir atrás, procurar, descobrir, divulgar e encontrar mais motivos para seguir em frente, em busca de mais. O surfista está motivado para acordar às 6h da manhã para conseguir aquela onda que o faz feliz, o padre está motivado para ministrar cinco missas por dia porque aí encontra a sua paz, o alpinista está motivado para gelar no pico da montanha porque isso o faz sentir-se realizado, o corretor da bolsa de valores está motivado a ler cinco jornais económicos porque isso lhe trará um bom negócio. Felicidade, paz interior, realização pessoal, obtenção de algo, são vários os tipos de motivação. E os professores? O que os motiva a ensinar? E os alunos? O que os motiva a aprender? As respostas a estas questões seriam variadíssimas e quase infindáveis, mudando consoante a personalidade, a idade, os objetivos ou o contexto (social, económico, político), no entanto, com uma base comum, a de se mover em direção a algo que satisfaça as necessidades pessoais e que traga satisfação pelo esforço realizado. O que me motiva a ensinar línguas eu sei, é querer ajudar o outro a saber um pouco mais, a tornar-se um cidadão do mundo, responsável, autónomo, crítico, plurilingue, motivado, de maneira a que aprender línguas seja encarado como uma tarefa a longo prazo, no sentido em que seja algo para toda a vida e não apenas mais uma disciplina do currículo escolar. O que motiva os alunos a aprender línguas, foi o que tentei descobrir ao longo deste ano, procurando assim usar a motivação (em especial a motivação no início da aula) como motor da aprendizagem.