Autor(es):
Machado, Susana Luísa Carvalho
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/55465
Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto
Assunto(s): Desenvolvimento sustentável; Desenvolvimento urbano; Sustentabilidade urbana
Descrição
Institucionalizado em 1987, através do Relatório de Brundtland, como “o desenvolvimento que visa ir ao encontro das necessidades e das aspirações do presente, sem comprometer as do futuro” (W.E.C.D., 1991), as bases do desenvolvimento sustentável começaram a ser lançadas com o trabalho de Malthus, no séc. XVIII e viriam a ganhar dimensão com os efeitos da industrialização e da urbanização a partir do séc. XIX. Contudo, os marcos mais determinantes do seu aparecimento seriam a Conferência de Estocolmo, em 1972 e a Conferência do Rio, em 1992, onde se viria a consagrar a correlação entre ambiente e desenvolvimento e a importância desta temática na actualidade, através do estabelecimento do programa de acção para o desenvolvimento sustentável: a Agenda 21 (Guery, 2004). Independentemente da complexidade, tensões e desafios associados a este conceito, o desenvolvimento sustentável, nomeadamente na sua associação ao processo de urbanização, corresponde a uma mudança paradigmática importante na forma de encarar o crescimento económico e a pressão que o Homem exerce sobre os recursos naturais. Nesta dimensão, as cidades e em particular os espaços de urbanização recente, exercem um impacto especialmente significativo, sendo por isso, elementos centrais na reflexão e acção orientadas para a sustentabilidade, muitas vezes centradas sobre a melhor forma urbana. Não obstante toda a discussão em torno do compacto e fragmentado, denso ou disperso, verifica-se que o processo de expansão urbana tem estado, em Portugal, na origem da criação de vazios urbanos, em especial em torno das grandes cidades e nas últimas décadas – tanto na cidade consolidada, onde prevalece uma tendência de abandono, como na cidade expandida(...)