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Dieta de baixo índice glicémico versus uma dieta com alto teor de fibra de cere...

Autor(es): Santos, Alejandro cv logo 1

Data: 2009

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/20516

Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto


Descrição
Num trabalho publicado no número de Dezembro de 2008 do Journal of the American Medical Association, Jenkins et al.1 referem que em 210 doentes adultos, com diabetes tipo 2, pré-obesos e obesos (IMC médio >30 kg/m2), medicados com hipoglicemiantes, a ingestão de alimentos com baixo índice glicémico (IG) durante seis meses se traduziu numa redução dos níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c) e no aumento dos níveis de colesterol HDL. A redução dos níveis HbA1c foi mais marcada nos doentes com dieta de baixo IG do que nos doentes que fizeram ao longo de 6 meses uma dieta com alto teor de fibra de cereais. Assim, os autores concluíram que a ingestão de uma dieta rica em alimentos com baixo IG permite melhorias adicionais no controlo glicémico de doentes diabéticos, quando comparada com uma dieta com alto teor de fibra de cereais. Os níveis de colesterol LDL e de triacilgliceróis não sofreram alterações significativas com nenhuma das intervenções dietéticas (ver Quadro I). Os doentes randomizados para a dieta de baixo IG consumiram alimentos como pão de centeio integral (pumpernickel), pão com linhaça, feijão, ervilhas, lentilhas, flocos e cereais integrais de aveia, nozes, maçãs, peras, arroz vaporizado e massas. Os doentes randomizados para a dieta com alto teor de fibra de cereais consumiram alimentos como pão e cereais integrais, arroz integral, batatas com pele, bolachas tipo "cracker" e frutos como a manga, banana, uvas, melancia e melão (frutos com maior IG do que os da dieta com baixo IG). Apesar da redução do peso corporal verificada nos dois ramos do estudo não ter significado estatístico, a alteração no peso corporal teve uma correlação significativa com os níveis de HbA1c (n=210, r=0,50, P<0,001), níveis de C-HDL (n=210, r=-0,19, p<0,007), pressão arterial sistólica (n=209, r=0,14, p<0,04) e diastólica (n=209, r=0,2, p<0,005). O valor energético total não diferia entre as duas dietas, tendo no entanto sido observada em ambos os ramos uma redução deste valor entre a semana 0 e a semana 24. Este estudo parece mostrar que mesmo em doentes diabéticos tratados com hipoglicemiantes, a libertação lenta de glicídeos no processo digestivo parece ter vantagens a nível metabólico, ao permitir subidas pós--prandiais mais suaves da glicemia, e consequentemente da insulinemia.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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